A primeira vez que li “O Clube dos Corações Solitários” do jornalista gaúcho André Takeda foi em 2002, lembro que devorei o livro em uma noite com o céu de Belém a me olhar. E gostei. Não era nada impressionante demais, mais um belo exemplar de literatura pop, 100% nacional e com um ar e olhar juvenil que não tinha como não encantar o universo que o autor ali colocava.
Na época estava com 23 anos e a vida andava meio confusa, tinha em mãos pela primeira vez um relacionamento que há tempos desejara (e então não estava solitário), mas ao mesmo tempo nutria milhares de dúvidas sobre o seu andamento e minhas próprias expectativas e atitudes para com ele, além de estar em momento profissional decisivo de mudança de ares.
Resumindo: O personagem que guia a trama, Spit, não estava lá muito longe do meu universo. Suas paixões avassaladoras, dúvidas e principalmente a música e cultura em geral que o moviam eram em parte uma conexão com a minha vida nesse momento. Dia desses andando pela livraria Visão encontrei um exemplar batido no meio de tantos outros, com a edição da Conrad de 2001 e resolvi comprar já que não sei onde anda meu antigo exemplar.
Reli o livro em uma outra perspectiva quatro anos depois, com uma outra vida na minha frente, um outro horizonte totalmente diferente daquele que se apresentara em 2002, com exceção das referencias pop que ainda permeiam alguma parte do que sou. Dessa vez o livro foi consumido em uma tarde de domingo balançando em uma rede e escutando Elvis Costello.
André Takeda tem nesse seu livro um exemplar bastante fiel da juventude e seus milhares de problemas tão pequenos, mas ao mesmo tempo tão imensos perante essa fase de consolidação. O universo dos jovens de 20 e poucos anos é explorado de maneira bem humorada e embalada com uma trilha sonora imaginária fascinante, distribuída pelo autor como guia no meio do caminho.
Dessa vez guardei “O Clube dos Corações Solitários” em um bom lugar na estante entre Nick Hornby e Carlos Eduardo Lima, perto do Tony Parsons e Bill Moody para quem sabe ler de novo daqui a alguns anos. Um livro totalmente recomendável para quem ainda não leu, principalmente se estiver passando pela fase descrita acima ou não como diria Caetano Veloso.
Confesso que quando acabei o livro novamente fiquei pensando em como a vida pode mudar de forma tão significativa em tão pouco tempo, embora olhando para trás diga com a maior certeza que valeu, sempre valeu.
Mais sobre o autor no seu blog: http://peixesbanana.blogspot.com
Na época estava com 23 anos e a vida andava meio confusa, tinha em mãos pela primeira vez um relacionamento que há tempos desejara (e então não estava solitário), mas ao mesmo tempo nutria milhares de dúvidas sobre o seu andamento e minhas próprias expectativas e atitudes para com ele, além de estar em momento profissional decisivo de mudança de ares.
Resumindo: O personagem que guia a trama, Spit, não estava lá muito longe do meu universo. Suas paixões avassaladoras, dúvidas e principalmente a música e cultura em geral que o moviam eram em parte uma conexão com a minha vida nesse momento. Dia desses andando pela livraria Visão encontrei um exemplar batido no meio de tantos outros, com a edição da Conrad de 2001 e resolvi comprar já que não sei onde anda meu antigo exemplar.
Reli o livro em uma outra perspectiva quatro anos depois, com uma outra vida na minha frente, um outro horizonte totalmente diferente daquele que se apresentara em 2002, com exceção das referencias pop que ainda permeiam alguma parte do que sou. Dessa vez o livro foi consumido em uma tarde de domingo balançando em uma rede e escutando Elvis Costello.
André Takeda tem nesse seu livro um exemplar bastante fiel da juventude e seus milhares de problemas tão pequenos, mas ao mesmo tempo tão imensos perante essa fase de consolidação. O universo dos jovens de 20 e poucos anos é explorado de maneira bem humorada e embalada com uma trilha sonora imaginária fascinante, distribuída pelo autor como guia no meio do caminho.
Dessa vez guardei “O Clube dos Corações Solitários” em um bom lugar na estante entre Nick Hornby e Carlos Eduardo Lima, perto do Tony Parsons e Bill Moody para quem sabe ler de novo daqui a alguns anos. Um livro totalmente recomendável para quem ainda não leu, principalmente se estiver passando pela fase descrita acima ou não como diria Caetano Veloso.
Confesso que quando acabei o livro novamente fiquei pensando em como a vida pode mudar de forma tão significativa em tão pouco tempo, embora olhando para trás diga com a maior certeza que valeu, sempre valeu.
Mais sobre o autor no seu blog: http://peixesbanana.blogspot.com
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