sábado, 24 de janeiro de 2009

"O Curioso Caso de Benjamin Button" - 2009

A humanidade desde os seus primórdios tenta entender o tempo, buscando alternativas que o retardem ou o antecipem, que o alterem na sua forma. Quando trazemos isso para o campo das nossas vidas, esse mesmo tempo nos segue de modo implacável, alterando nosso físico e mente. O escritor americano Mark Twain certa vez, cunhou a frase: "A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18".
Em cima da frase acima, outro ótimo escritor americano, F. Scott Fitzgerald (autor de “O Grande Gatsby”) elaborou um conto usando o tema. Esse conto, escrito originalmente em 1922, chega a grande tela pela mão do diretor David Fincher (“Clube da Luta”), em “O Curioso Caso de Benjamin Button”, com Brad Pitt e Cate Blanchet nos papéis principais, estando indicado a nada menos que 13 categorias para o Oscar desse ano.
O longa começa narrado por Benjamin (Brad Pitt) com a frase "Eu nasci em circunstâncias incomuns". O ano era 1918, fim da 1ª Guerra Mundial e o personagem principal dava começo a sua vida. Sua mãe morre no parto e o pai assustado com o filho com feições e físicos senis o abandona a sua própria sorte na frente de uma casa de idosos, onde o bebê é criado, apesar da estranheza inicial.
Com o decorrer dos anos, Benjamin vai rejuvenescendo, deixando todos que convivem ao seu lado intrigados e maravilhados com a situação. Benjamin que nasceu aos 80 anos, vai aprendendo a lidar com o mundo de maneira contrária a todos os demais. No seu caminho aparece Daisy (Cate Blanchet), um amor instantâneo que precisa de anos para acontecer devido ao encontro das idades que anteriormente o afastavam.
Nos mais de 160 minutos do filme, dirigido com a habitual competência de Fincher, temos uma pequena fábula que vai cativando o espectador, ao mesmo tempo em que joga na tela de maneira leve alguns questionamentos casuais sobre o tempo. No entanto é a partir dos últimos 40 a 50 minutos de filme, que o caso de Benjamin Button realmente comove e emociona, fazendo valer todos os prêmios e indicações que recaíram sobre ele.
Vale bem a pena.

Nenhum comentário: