terça-feira, 4 de setembro de 2007

"O Ultimato Bourne" - 2007


Gosto bastante de filmes de ação. Filmes de ação que não são só pancadaria e explosões e que principalmente não tenham o dedo de um Joel Schumacher (ou outros do tipo). Filmes em que o ritmo alucinante se alia a dramas pessoais e insistem em um roteiro bem amarrado, com algumas boas surpresas e de preferência sem tantas clichês espalhados nos quatro cantos da tela.

“O Ultimato Bourne” que estreou recentemente nos cinemas é um bom exemplo disso. O longa conclui a trilogia do agente da CIA Jason Bourne, consolidando o ator Matt Damon como um astro que não somente trabalha bem, mas é sinônimo de grandes bilheterias, prova disso é a grande temporada em solo americano que o filme vem fazendo, assim como em outros países.

Bourne que apareceu primeiro em “A Identidade Bourne” de 2002, parecia um produto que não vingaria alcançando urgência cinematográfica e qualidade, grande parte disso devido a direção de Doug Liman, que fez uma confusão danada. Em 2004 sobre a batuta do grande Paul Greengrass (“Domingo Sangrento”) na direção veio “A Supremacia Bourne” e a redenção com um ótimo filme.

Paul Greengrass teve a missão de encerrar a trilogia neste novo longa e o fez com grandes méritos. Com excelentes cenas de lutas e perseguições como a realizada no Marrocos, também consegue mostrar um Jason Bourne visivelmente atormentado com seu passado, vivendo um drama por perder as pessoas que amava e ter que se reencontrar com todo um passado sujo e que para sua surpresa não o exime tanto de culpa quanto assim gostaria.

É fácil montar um paralelo do personagem com o anti-héroi dos quadrinhos Wolverine. Logan, na sua história na nona arte serviu a um projeto secreto do governo, teve a memória apagada e remodelada, passou anos como uma arma mortífera até recentemente se lembrar de tudo e seguir atrás dos responsáveis por isso. A mesma coisa acontece com Jason Bourne e sua luta para achar os responsáveis pela tragédia que sua vida se tornou.

“O Ultimato Bourne” não é filme para ser adorado por fãs ao redor do mundo e nem mudar sua vida. É simples e pura diversão. Diversão inteligente e bem feita. Diversão que vale a pena a ida ao cinema. Só seria legal que a trilogia fosse realmente de três filmes e o agente Bourne tivesse sua história contada a acabada dessa forma, não sendo ressuscitada lá na frente em algum filme de qualidade duvidosa. É esperar para ver.

Mais sobre a série aqui embaixo:

http://www.adorocinema.com.br/hotsites/bourne/default.asp

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