domingo, 5 de setembro de 2010

"Meu Malvado Favorito" - 2010

A Pixar e a Dreamworks já criaram pequenos clássicos no campo das animações. Seus filmes além de prazerosos e bem feitos, renderam vários milhões aos seus realizadores. Chris Meledandri, ex-presidente da 20th Century Fox Animation, na qual esteve a frente durante o lançamento de algumas grandes animações, resolveu montar seu próprio estúdio-empresa, a Illumination Entertainment, para abocanhar uma parte desse mercado. Experiência ele possui.
“Meu Malvado Favorito” é a primeira aposta da Illumination e por mais que seja engraçado em alguns momentos e divirta a garotada, o resultado fica bem razoável. Em 3-D e apenas em versão dublada no país, o que tira o provável charme da interpretação de Steve Carell (“The Office”) feita para o personagem principal, a animação dirigida a seis mãos por Pierre Coffin, Chris Renaud e Sergio Pablos, não chega a encantar e desliza na repetição de algumas variáveis.
A história apresenta Gru, um super vilão que não mede esforços para ser mau, nem mesmo quando compra café na esquina. Com uma infância desastrosa que vai sendo apresentada no decorrer do longa, Gru obteve considerável sucesso no mundo do crime. Tudo vai bem, até que no seu caminho surge Vetor, um vilão mais novo e principalmente mais rico e com equipamentos melhores, o que leva Gru a se desesperar para conseguir seu maior feito: Roubar a Lua.
Ao seu lado estão além de um cientista louco (como é praxe), umas criaturazinhas amarelas (Minions) que emitem sons sem muito sentido e que na verdade representam o que de melhor “Meu Malvado Favorito” apresenta. Como Vetor vai levando vantagem atrás de vantagem, Gru resolve adotar três pequenas órfãs para chegar mais perto do seu objetivo. É lógico que as três simpáticas e meigas garotinhas vão mudando o vilão e inserindo mais amor na sua vida.
“Meu Malvado Favorito” é um filme que oscila muito. Rende bons momentos, principalmente quando explora o politicamente incorreto, mas é meio óbvio demais. A transformação de Gru em quase um bom moço é previsível e feita para emocionar, mas não consegue esse objetivo. Se a Illumination Entertainment quiser mesmo fazer frente para as suas concorrentes terá que construir um trabalho bem melhor na próxima empreitada. Façam as suas apostas.

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