terça-feira, 10 de novembro de 2009

"500 Dias Com Ela" - 2009

A história já conhecemos, sabemos de cor, mas nos resta aprender como diria uma velha canção. Um cara conhece uma mulher, ambos começam a se relacionar e em determinado momento o desejo inicial vai se extinguindo para um lado ou para o outro, o que acaba por terminar a história. Algumas vezes ainda há o carinho, a amizade, mas a paixão foi embora e usando uma frase do escritor Roberto Freire: “sem tesão não há solução”. Não mesmo.
“500 Dias Com Ela”, filme que estreou semana passada nos cinemas do país, marca o primeiro longa do diretor Marc Webb, que já possuía uma carreira respeitada no mundo dos videoclipes. Essa leitura rápida em muitos pontos se apresenta no filme, com recursos diversos como animação, tela dividida e danças para contar a história. Outra marca da sua época anterior é a trilha sonora, extremamente bem escolhida e que funciona até como coadjuvante.
Com uma narração em “off”, “500 Dias Com Ela” marca os quase 17 meses em que Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt), um arquiteto que ganha a vida em uma empresa que faz cartões de felicitações conhece Summer (a sempre brilhante Zooey Deschanel), que passa a trabalhar no mesmo escritório que ele. Quase que de imediato Tom se apaixona e a partir de uma ótima cena envolvendo um elevador e uma música dos Smiths, Summer se interessa também.
Os 500 dias do relacionamento entre os dois são entrecortados pelo diretor de modo aleatório, jogando na parede os momentos bons e ruins, altos e baixos tão comuns em um namoro. Acontece que Tom se apaixona demais e começa a pensar em ficar com Summer para o resto da vida. Summer não. Ela não acredita propriamente no amor e prefere levar a vida sem maiores obrigações. Sente carinho por Tom, mas passa longe de ser amor.
“500 Dias Com Ela” está sendo considerado o filme indie do ano e tem mesmo o jeitão para carregar esse rótulo. No entanto, é um pouco mais que isso. É uma bonita história, recheada de momentos engraçados e com uma trilha sonora que vai complementando os humores do seu personagem principal. No final ainda consegue surpreender de maneira simples e cotidiana. Vale muito a pena ser visto. Satisfação garantida.

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