terça-feira, 23 de outubro de 2007

"1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer" - Robert Dimery


Ontem na hora do almoço passando por uma livraria percebi um volume intitulado “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”. Nome bem bacana para um livro, apesar da saraivada de títulos que trazem agora essa descrição como complemento. São diversas 100, 1000 coisas para fazer que te levam a imaginar uma vida realmente inútil. Mas esse em questão vale a pena ser adquirido.
De uma forma avassaladora o livro cobre todo o período dos anos 50 até hoje em dia, principalmente do rock e do pop, mas passando também por diversos estilos. Recheado de fotos bacanas e informações sobre as gravações e sobre os álbuns resenhados o projeto encabeçado pelo editor geral Robert Dimery, que entre outras revistas escreve para a Time Out e Vogue é uma quase enciclopédia musical que reuniou mais de 90 jornalistas nas resenhas.
Todas as listas são duvidosas e essa também não é diferente, não concordei com uns 25% do livro e há muitas obras primas não relacionadas como por exemplo o “Out Of Time” do R.E.M, um clássico absoluto. Tem excessos também como praticamente todos os discos do Radiohead na lista (só não entrou o “Pablo Honey”) ou artistas como Britney Spears e Mariah Carey.
Mas desconsidere isso. Na sua grande maioria temos um grande apanhado da música nos últimos anos. De Elvis a Arcade Fire. Joan Baez a Teenage Fanclub. Bob Dylan a Massive Attack. U2 a Flaming Lips. Centenas de obras fundamentais que com certeza você já ouviu e dá uma imensa vontade de escutar tudo de novo ao mesmo tempo, além de outros artistas mais obscuros que você se interessa e vai atrás.
A música nacional está bem representada, mas insiste na história dos gringos em se aterem somente a uma parte da nossa produção. Mas entre outros estão lá, Tom Jobim, Mutantes, Chico Buarque, Caetano Veloso e Jorge Ben. Tem até Carlinhos Brown (mas esse pode morrer sem ouvir tranquilamente). Mas faltam nomes como Chico Science e Mundo Livre S/A só para citar alguns. Mas tudo bem, também é perdoável.
Nesse mosaico de informação, imagem e música aquilo que não concordamos não é relevante. “1001 Discos...” é para ficar perto do computador de casa, ou da cama, para de vez em quando ser saboreado e indicar algo para se ouvir em momentos de menor criatividade. É uma referência para quando a memória falhar e não lembrarmos mais de algumas datas, canções ou nomes. É fundamental, apesar de não ser perfeito.
Corra atrás do seu. O meu já está devidamente alojado ao meu lado.
Obs: A quem interessar possa fiz uma contagem sobre os tais 1001 discos, nessa conta ouvi 361 dos álbuns resenhados, tenho 235 em cd e 298 contando com arquivos digitais. Nada mal, né? Faça a sua tambem!

10 comentários:

Junior Lopes illustrator disse...

alo brother,tudo beleza?
ja foste visitar minha exposição na galeria theodoro braga?fica ate dia 26 e vc é um dos caras q eu gostaria q visse e me dissesse o q achou.vai la,po!esse livro dos 1000 discos realmente é mutcholoko.vou ter q comprar.abço e parabens pelo blog.

Anônimo disse...

Well, comecei bem o meu fim de semana carioca! Sabem porque? Já irei ganhar de Natal essa preciosidade de Robert Dimery, que será simplesmente maravilhoso e muito bem vindo para o tipo de trabalho que desenvolvo e porque não dizer também que muita coisa ( eu pelo menos ) adoro folhear?
Um livro que os apreciadores não devem deixar de ter, e vou adorar clicar no que já ouvi,tenho e jamais esquecerei.
Só que existe um de 2005....mas como passado é pasado vale o de 2007!!!
Valeu.
Celia Basto
designer & creation

Adriano Mello Costa disse...

Salve Junior...nem deu para ir la na exposição...:(
E Célia o livor é bem legal mesmo, e da uma vontade danada de sair escutando tudo ao mesmo tempo...

Anônimo disse...

Queridoca, não tenho a menor dúvida. É um livro pra se ter ao lado sempre....
Bjs
Celia Basto
designer & creation

Julio Cesar Corrêa disse...

Essas listas são sempre polêmicas. Também ouvi quase a metade dos 1001. Outros quero morrer sem ouvir, como os da Brit.
gd ab

Adriano Mello Costa disse...

Nem eu Julio Cesar, nem eu :))

Emerson Souza disse...

Outro dia fui tomar um café de madrugada e encontrei este livro...dei uma folheada e tb achei muito interessante. Hj fui fazer uma busca pra obter mais informações antes de comprar e cheguei aqui. Parabéns pela interessante esplanação da sua impressão sobre a obra.
Ah, até lembrei do ditado: Cavalo bom tem muitos defeitos e o pangaré só tem um: não presta.
Obg pelo espaço.
Abs.

Adriano Mello Costa disse...

Bom ditado. :)

Netinho disse...

Também achei que a musica brasileira deveria ser melhor representada, como vocÊ mesmo disse MLSA e Nação Zumbi deverião integrar a lista assim como o Secos e Molhados, sem falar em Raul Seixas que na minha opinião é um dos maiores expoentes do rock nacional.

wanderson64 disse...

pra quem nao etende de musica a pessoa se perde

mas pra quen conhese e mais conhesimento poderian falar mais sobre os albuns


mais esse livro e minha biblia

quando eu li n perdi nem uma discusao de rock


joy divison porra