“Os opostos se atraem”. “As diferenças se completam”. Frases como essas são batidas, mas podem começar a descrever o álbum “Ballad Of Broken Seas” lançado ano passado por Isobel Campbell e Mark Lanegan. A primeira tem uma voz doce e suave, ambientando seu som no indie pop, o segundo é chegado num rock mais básico além de um bom blues como se cantado na mesa de um bar. Características completamente distintas, mas por mais absurdo que pareça, funcionais.
De um lado temos Mark Lanegan, um dos maiores vocalistas desse negócio chamado rock nos últimos 15 anos pelo menos, que lançou verdadeiras obras primas ao lado do Screaming Tress nos anos 90, emprestou sua voz ao Queens Of The Stone Age em três dos quatros álbuns da banda e fez ótimos discos solos. Do outro a princesinha Isobel Campbell da banda Gentle Waves e de tantos vocais pelo Belle And Sebastian.
“Deus Ibi Est” que abre o disco tem Lanegan declamando falas ao leú em volta a canção como um Lou Reed mais sombrio e deposto, abrindo para que Isobel Campbell entre angelical provocando quase um embate do bem contra o mal. “The False Husband” é a vez dele cantar em tom bem mais baixo que de costume, antes que ela invada de novo se contrapondo e em determinado momento se sobrepondo em meio a efeitos que tratam a música de maneira quase sacra.
A música titulo é quase um tributo a Tom Waits com um piano ordinário e fascinante dando os toques a canção que Lanegan puxa com destreza digna de um bardo inglês, enquanto as orquestrações permeiam o espaço. “Revolver” aparece com Isobel sussurando, como uma daquelas canções francesas antigas, para que depois os dois artistas cantem juntos pela primeira vez no disco, nessa canção quase medieval.
“Ramblin´n Man” novamente evoca os momentos mais sujos de Tom Waits, com toques de musica de cabaré e aquele clima teatral das décadas de 20 e 30, em um country disfarçado com direitos a assovios que poderiam muito bem estar em uma produção de faroeste spaggethi italiano chinfrim. “Come Walk With Me (Do You Wanna)” é uma balada mais tradicional, com ecos da sonoridade hippie dos anos 60, com violão dedilhado enquanto Isobel e Lanegan promovem um belo encontro de vozes e um refrão cativante.
“It´s Hard To Kill a Bad Thing” é uma baladona com violões, aquele baixo aparecendo de vez em quando e uma percussão imprimindo o ritmo, sendo um imenso pecado ser apenas um tema instrumental e não conter letra e voz. “Honey Child What I Can Do” vem depois para compensar esse erro naquela que é a canção mais pop do álbum e talvez a que exale maior beleza também.
Em meio a voz rouca e repleta de bebida e cigarros de Lanegan e a doçura suave de Isobel temos um tratado de boa música espalhada em doze faixas que poderiam muito bem ser tocadas ao vivo num bar qualquer do Texas, enquanto os marmanjos acabam cervejas e admiram a bela mulher que lhes canta, não percebendo as garçonetes que viajam e se encantam com as melodias sonhando com dias melhores ou apenas uma noite com o cantor.
De um lado temos Mark Lanegan, um dos maiores vocalistas desse negócio chamado rock nos últimos 15 anos pelo menos, que lançou verdadeiras obras primas ao lado do Screaming Tress nos anos 90, emprestou sua voz ao Queens Of The Stone Age em três dos quatros álbuns da banda e fez ótimos discos solos. Do outro a princesinha Isobel Campbell da banda Gentle Waves e de tantos vocais pelo Belle And Sebastian.
“Deus Ibi Est” que abre o disco tem Lanegan declamando falas ao leú em volta a canção como um Lou Reed mais sombrio e deposto, abrindo para que Isobel Campbell entre angelical provocando quase um embate do bem contra o mal. “The False Husband” é a vez dele cantar em tom bem mais baixo que de costume, antes que ela invada de novo se contrapondo e em determinado momento se sobrepondo em meio a efeitos que tratam a música de maneira quase sacra.
A música titulo é quase um tributo a Tom Waits com um piano ordinário e fascinante dando os toques a canção que Lanegan puxa com destreza digna de um bardo inglês, enquanto as orquestrações permeiam o espaço. “Revolver” aparece com Isobel sussurando, como uma daquelas canções francesas antigas, para que depois os dois artistas cantem juntos pela primeira vez no disco, nessa canção quase medieval.
“Ramblin´n Man” novamente evoca os momentos mais sujos de Tom Waits, com toques de musica de cabaré e aquele clima teatral das décadas de 20 e 30, em um country disfarçado com direitos a assovios que poderiam muito bem estar em uma produção de faroeste spaggethi italiano chinfrim. “Come Walk With Me (Do You Wanna)” é uma balada mais tradicional, com ecos da sonoridade hippie dos anos 60, com violão dedilhado enquanto Isobel e Lanegan promovem um belo encontro de vozes e um refrão cativante.
“It´s Hard To Kill a Bad Thing” é uma baladona com violões, aquele baixo aparecendo de vez em quando e uma percussão imprimindo o ritmo, sendo um imenso pecado ser apenas um tema instrumental e não conter letra e voz. “Honey Child What I Can Do” vem depois para compensar esse erro naquela que é a canção mais pop do álbum e talvez a que exale maior beleza também.
Em meio a voz rouca e repleta de bebida e cigarros de Lanegan e a doçura suave de Isobel temos um tratado de boa música espalhada em doze faixas que poderiam muito bem ser tocadas ao vivo num bar qualquer do Texas, enquanto os marmanjos acabam cervejas e admiram a bela mulher que lhes canta, não percebendo as garçonetes que viajam e se encantam com as melodias sonhando com dias melhores ou apenas uma noite com o cantor.
3 comentários:
Eu gosto do Mark Lanegan. Quem sabe não é uma boa pedida para o feriado. :D
Beijinhos menininho
Olá, sou do fã do mark Lanegan e gostei do sei comentário. Tem um outro disco em que ele participar que é o do duo Soulsavers( altamente recomendado). Vou colocar um link no meu blog. Abração
bom post, bom blog, que tal parceria...
passa lá no meu e avisa se quiser
queria ver uma resenha sobre andrew bird? tem? manda o link...
okado
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