A escritora belga Marguerite
Yourcenar disse certa vez: “Ninguém ainda sabe se tudo apenas vive para morrer
ou se morre para renascer”. Essa frase que na verdade tem sentido bem mais
amplo, pode ser plenamente encaixada na música. Das cinzas do Terminal
Guadalupe, uma das bandas nacionais mais interessantes da última década, surge
o Humanish, que conta com os remanescentes do grupo indo em busca de uma nova
direção, de novos caminhos para explorar.
Com o final da antiga banda, Allan Yokohama (guitarra, guitarra barítono, violão e voz), Marano (guitarra e voz) e Fabiano Ferronato (bateria) se juntaram a Igor Ribeiro (sintetizador e saxofone) no novo projeto. O homônimo disco de estreia foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Órbita no Rio de Janeiro e produzido por Carlos Trilha (Renato Russo, Lobão e Autoramas). Nele, antigas influências cedem espaço para outras ideias e um nível de experimentação maior.
O som na maioria das vezes é caprichosamente estourado, com uma incursão maior das guitarras e o baixo tendo os graves supridos pelas próprias guitarras e pelo sintetizador. O resultado são faixas que na grande maioria tem os pés fincados em décadas passadas, mas com a devida revista atual embutida. Da pequena ode ao presente de “Algum Dia na Memória” até o perdão de “Deserto é o Coração”, passam quedas, romances, ilusões, necessidades e vontades.
O flerte com os anos 80 que o Terminal Guadalupe fazia, também aparece no trabalho do Humanish. “O Livre Arbítrio”, por exemplo, lembra a carreira solo do Cazuza, enquanto “Um Brinde” já olha para o Barão Vermelho da fase Frejat. A isso, some-se novas marcas como a ótima “Tanto”, em que o sax de Igor Ribeiro remete ao Morphine ou “Sempre Criança”, que traz as vestes do indie rock da última década. Já em outras como “Longe do Tempo”, são os anos 70 que dão as cartas.
“Humanish”, o disco, apresenta uma banda sem o menor medo de ousar e experimentar, o que é sempre bem vindo. Não se prender ao óbvio vigente mesmo se utilizando de influências antigas, talvez seja o ponto mais positivo de um álbum, que se por um lado traz coisas que precisam ser melhoradas, por outro também deixa fartos indícios de que isso acontecerá adiante. Um trabalho para ser escutado com atenção, enquanto esperamos para ver onde o futuro os levará.
Site oficial com download gratuito do disco: http://www.humanish.com.br
Com o final da antiga banda, Allan Yokohama (guitarra, guitarra barítono, violão e voz), Marano (guitarra e voz) e Fabiano Ferronato (bateria) se juntaram a Igor Ribeiro (sintetizador e saxofone) no novo projeto. O homônimo disco de estreia foi gravado, mixado e masterizado no estúdio Órbita no Rio de Janeiro e produzido por Carlos Trilha (Renato Russo, Lobão e Autoramas). Nele, antigas influências cedem espaço para outras ideias e um nível de experimentação maior.
O som na maioria das vezes é caprichosamente estourado, com uma incursão maior das guitarras e o baixo tendo os graves supridos pelas próprias guitarras e pelo sintetizador. O resultado são faixas que na grande maioria tem os pés fincados em décadas passadas, mas com a devida revista atual embutida. Da pequena ode ao presente de “Algum Dia na Memória” até o perdão de “Deserto é o Coração”, passam quedas, romances, ilusões, necessidades e vontades.
O flerte com os anos 80 que o Terminal Guadalupe fazia, também aparece no trabalho do Humanish. “O Livre Arbítrio”, por exemplo, lembra a carreira solo do Cazuza, enquanto “Um Brinde” já olha para o Barão Vermelho da fase Frejat. A isso, some-se novas marcas como a ótima “Tanto”, em que o sax de Igor Ribeiro remete ao Morphine ou “Sempre Criança”, que traz as vestes do indie rock da última década. Já em outras como “Longe do Tempo”, são os anos 70 que dão as cartas.
“Humanish”, o disco, apresenta uma banda sem o menor medo de ousar e experimentar, o que é sempre bem vindo. Não se prender ao óbvio vigente mesmo se utilizando de influências antigas, talvez seja o ponto mais positivo de um álbum, que se por um lado traz coisas que precisam ser melhoradas, por outro também deixa fartos indícios de que isso acontecerá adiante. Um trabalho para ser escutado com atenção, enquanto esperamos para ver onde o futuro os levará.
Site oficial com download gratuito do disco: http://www.humanish.com.br
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