segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"Kick" - The Splinters - 2010

Diversão. Em certas horas isso é o que nos resta, já dizia o clássico oitentista dos Titãs. Tem certos momentos que dá aquela vontade danada de mandar tudo para bem longe. Normal, afinal a semana não foi boa, o trabalho anda uma merda, os amores não andam amáveis, enfim tudo está parado ou andando para trás. O espírito não suporta coisas muito elaboradas ou teses bem descritas. Precisa de algo seco, meio besta, jovial, simples e...divertido. “Kick”, disco de estréia das norte americanas do The Splinters traz isso a tona. Não tem a mínima intenção de mudar seu dia ou seus humores atuais, mas traz guitarras altas, meio sujas, encharcadas de influência dos anos 60 e 70 em canções condensadas em dois minutos. As letras então é melhor nem dar atenção. São apenas fraseados de desejos e cotidiano que na maioria das vezes não fazem muito sentido. Mas tem gritos no meio e isso ajuda muito. “The Splinters” é formado por Ashley Thomas (baixo e guitarra), Caroline Partamian (guitarra e baixo), Courtney Gray (bateria) e Lauren Stern (vocais e pandeiro). Quatro mulheres que se conheceram na Universidade de Berkeley e decidiram montar uma banda. Nada mais cool, não é mesmo? Para melhorar ainda a história, elas carregam aqueles sobrenomes característicos de bandas de soul e blues, como “Flapjacks”, “Spex”, “Juju” e “Ketchup”. São 12 músicas em parcos 26 minutos. Passa tão rápido que quando você menos percebe já está tocando de novo. E de novo. E de novo. Amanhã talvez nem se lembre que exista uma banda chamada The Splinters no mundo, é bem provável até que isso aconteça, no entanto a mistura de riot grrrls, rock de garagem e punk funciona muito bem em tiros rápidos. Na sacola você pode colocar influências de The Runaways, The Shangri-Las e The Breeders. Certa vez o escritor inglês Gilbert Keith Chesterton disse que “a verdadeira finalidade de toda a vida humana é a diversão”. Pensamento interessante que ao ser diluído nas guitarras de “Mysterious”, “Dark Shades”, “Electricity” e “Splintered Bridges” ganha um pouco mais de força. Quando acaba é evidente que você ainda quer mandar tudo às favas, mas esse sentimento foi atenuado pelas besteiras de uma banda de rock. Melhor deixar o mundo para amanhã. My Space: http://www.myspace.com/thesplintersband

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