quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

"District Line" - Bob Mould - 2008

O rock é pródigo em criar ídolos. Alguns são exaltados ao grande público e com imenso sucesso comercial e outros tem isso em menor volume, mas são de fundamental importância na história do estilo, influenciando diversas outras bandas no decorrer dos anos, sendo responsáveis por pequenas obras primas.
O americano Bob Mould se enquadra nessa segunda descrição. A frente do seminal Husker Dü nos anos 80, junto com Grant Hart e Greg Norton fez-se referência para bandas como Pixies, Nirvana e Green Day, entre outras. O disco “Warehouse: Songs And Stories” de 1987 é um clássico absoluto. Depois do fim da banda, Bob Mould encarnou o Sugar no começo dos anos 90 e fez outro pequeno clássico, “Copper Blue” de 1992.
Depois foi a vez de seguir a carreira solo de vez, sempre meio a margem do grande público, mas produzindo suas pérolas como os discos “Bob Mould” de 1996 e “The Last Dog And Pony Show” de 1998. Em 2008 o artista resolve lançar seu oitavo disco, intitulado “District Line” e novamente agrada aos fãs.
O álbum é quase uma continuação do anterior “Body Of Song” de 2005 (inclusive para ele próprio) e conta novamente com a participação de Brendan Canty, ex-baterista do Fugazi (outra bandaça). Nas 10 faixas que se apresentam há algumas pequenas inovações (como uma brincadeira ou outra com eletrônica, vide a faixa “Shelter Me”), mas estão lá as guitarras soando alto que servem de base para melodias pop. A mesma cortesia de sempre.
Quase todo esse “District Line” é bom, destaques maiores para a abertura com “Stupid Now”, a já conhecida por alguns “Again And Again”, o primeiro single “The Silence Between Us”, o pop de “Very Temporary”, os violões de “Miniature Parade” ou a regravação de “Walls In Time”, constante no seu primeiro solo de 1989.
Não é para mudar o mundo e nem hoje essa é a intenção de Bob Mould, ele já fez isso em outras épocas. É somente um punhado de canções para serem escutadas sem pretensões, sem demasiadas expectativas. E é sempre prazeroso escutar esse cara. Sempre. Mesmo com um resultado sem tanto esplendor.
Site Oficial: http://www.bobmould.com

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