O ano era 1989. A cidade era Glascow na Escócia. Três caras. Norman Blake (vocal e guitarra), Raymond McGinley (vocal e guitarra) e Gerard Love (vocal e baixo). E uma banda. Teenage Fanclub.
“A Catholic Education” foi o primeiro disco de uma banda que fundamentou o se chama de Power Pop, com influências de Big Star, Love e Beatles, onde guitarras densas e por vezes distorcidas dão lugar a estruturas melódicas das mais diversas, ambientando em sua grande maioria letras que versam sobre o amor.
O Teenage Fanclub contava com três vocalistas que se revezavam e contavam histórias sentimentais, mas nunca piegas. O seu disco de estréia lançado pelo selo Creation na Inglaterra e pela Matador nos USA rendeu boas criticas e mostrou a uma geração de fãs o som da banda, cultivando para essa galeria nomes do porte de Frank Black e Kurt Cobain.
Abrindo com as guitarras de “Everything Flows”, seguindo com o vocal de “Everbody´s fool”, passando pela faixa titulo e culminando em grandes canções pop como “Critical Mass”, “Too Involved”, “Eternal Light” e a sarcástica “Don´t Need a Drum”, o Teenage iniciava um caminho que até hoje tem pouquíssimos erros.
No seu “debut”, o TF pavimentava o que seria o terreno de seu melhor álbum, o clássico “Bandwagonesque” de 1992, uma das principais gravações da década. A banda continua produzindo grandes discos, provavelmente sem nunca ter lançado um álbum ruim e continuando a empolgar com seu rock melódico.
“A Catholic Education” mostra uma banda ainda tentando encontrar seu melhor som, mas em contrapartida fazendo dessa procura um trabalho de imensurável prazer para seus ouvintes. Como costumo dizer, beba Teenage Fanclub sempre que puder. E se embriague.
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