domingo, 26 de março de 2006

Match Point - Woody Allen

2006-02-01-17_45_21_1, originally uploaded by Kalnaab.

“Match Point” (Ponto Final) o novo filme de Woody Allen é como todos vem falando o mais diferente do diretor nos últimos anos. Isso é bom ou ruim? Por um lado há acertos, mas também há muitos deslizes nessa nova trama do mestre do cotidiano, do dia a dia. O diretor dessa vez saiu de cena, dando lugar ao competente Jonathan Rhys-Meyers e a bela e sexy (e não menos competente) Scarlett Johansson, como atores principais. Em vez da amada Nova York entrou a neblina de Londres, onde Allen coloca seu olhar sarcástico e americano expondo de maneira inteligente as peculiaridades da cidade. Deixando um pouco de lado suas comédias de costumes, o diretor cria um suspense situado dentro da aristocracia britânica, explorando bem suas idiossincrasias e fragilidades dentro da sua suposta auto-identificação. No filme, Jonathan (Chris Wilton),é um tenista irlandês fracassado que dando aula em um clube da alta sociedade acaba se envolvendo com Chole (Emily Mortimer), irmã de um aluno milionário Tom Heweet (Matthew Goode). Em uma festa na casa de Heweet, Chris fica fascinado de desejo pela bela Nola (Scarlett) que descobre ser noiva do dono da casa. Allen começa a explorar um de seus caminhos prediletos que é o campo dos amores proibidos nesse momento. Contando com atuações seguras do elenco, piadas cortantes e a criação de um clima de suspense, Allen faz um universo bem diferente do acostumado culminando em seus finais quase ou diferentemente felizes. A critica em geral gostou muito do filme, e realmente as atuações, a direção, e esse digamos novo passo inesperado do diretor são de se vangloriar. Infelizmente a história é fraca. Quando trata dos relacionamentos, da “luta de classes”, os acertos são costumeiros, mas quando vai para o lado do suspense, da resolução e definição do filme, o deslize é feio, não há nada demais, as questões viram banais e as respostas aparecem na tela. Vale a pena assistir, pois o filme é bom, mas muito longe de ser tudo isso que a critica “especializada” vem falando. Da para ver a atuação estonteante da Scarlett Johansson, assim como se deliciar com as questões levantadas por Allen. Mas no final das contas, é como se os Ramones gravassem um disco de Blues.

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa tua última frase fazendo referência aos Ramones, no entanto, é típica de um tal de Adriano Mello. Adorei! rs
Divergências à parte, eu gostei, como te disse. Muitíssimo da trilha sonora. ;)
Beijinhos

Sic disse...

Eu ainda não vi, preciso fazer isso logo logo, mas todo mundo torceu um pouco o nariz pra ele...
Quanto ao teu comentário fiquei feliz, como nunca lembro data de porra nenhuma elimino esses 22,45% de enfraquecimento de relacionamento kkkkkkkkkkkkkkkkk
Ah! sempre que eu vejo ou leio alguma coisa nova sempre lembro de ti, afinal eu sei o teu poder de disseminar informação kkkkkkkkkkkk
Já leste "Desabrigo" do Antonio Fraga? corre mano, ele ainda deve estar sendo vendido por 9,90 lá nas lojas americanas do iguatemi!

Anônimo disse...

necessario verificar:)