quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Séries - "The Middle"

No meio do turbilhão de séries que a tv por assinatura despeja diariamente nos seus canais, fica até complicado conseguir tempo para acompanhar a maioria. Mas no meio disso, uma novidade chama a atenção. Trata-se de “The Middle”, que estreou na ABC ano passado e a Warner Chanell começou a passar por aqui. Mesmo sem ser muito original, a sitcom consegue extrair ótimas risadas ao mostrar o seio de uma família média americana e suas parcas vidas.
Concebida pela dupla Eileen Heisler e DeAnnHeline que já haviam trabalhado em parceria em “Lipstick Jungle”, a série acerta ao mostrar uma família desajustada de Indiana, USA. Famílias desajustadas não são lá uma novidade, o tema já foi explorado antes (e continua sendo), mas muitas vezes o resultado era apenas mediano. Em “The Middle” não. As risadas são espontâneas e as situações exploradas soam totalmente críveis por tratarem de assuntos banais.
Patricia Heaton conhecida por seu trabalho em “Everbody Loves Raymond” é Frankie Heck, a mãe que comanda as ações do dia a dia. Tendo que lidar com três filhos ao mesmo tempo em que procura vender algum carro na concessionária onde trabalha, Frankie vive repetindo aos anseios dos seus rebentos com frases ora desperançosas, ora bem irônicas. Dentro de toda a correria é lógico que reside uma mãe, que a sua maneira tenta incentivar e proteger a prole.
Seu marido Mike trabalha em uma pedreira e no auge dos seus quase dois metros (o que dá mais um contraste cômico a série, pois Frankie é bem baixinha) é uma espécie de super sincero. Fala o que der na telha não importa para quem. Seus filhos são Axl, um desligado adolescente de 15 anos, Sue que não consegue se dar bem em nada que se proponha e Brick, o mais novo dos três e o mais engraçado. Interpretado por Atticus Shaffer dá um banho nos demais.
“The Middle” não é uma série repleta de mistérios ou questionamentos ou até mesmo de ações mais fortes. Seus episódios de mais ou menos 22 minutos, seguem a cartilha de outras como “My Name Is Earl”, até mesmo na própria formatação, que consiste sempre ao final do episódio em exibir uma moral por mais que escrita por linhas bem tortas, o que acaba sendo a falha mais gritante. Mas mesmo assim vale a pena. Se tiver a chance de ver, não deixe passar.

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