Que os caretas de plantão, as mocinhas inocentes, os nerds certinhos e todos aqueles que rogam praga ao rock se danem. O Rock está vivo, muito vivo e Belém pode ver isso de perto dia 24 de junho último no African Bar com o show da banda paulista Daniel Belleza e os Corações em Fúria. Quem perdeu, sinto muito mas se deu muito mal.
Uma noite totalmente rock n´roll sem dúvida, de sorrisos múltiplos e solos mil. A banda paraense Madame Sataan abriu a noite com a habitual competência e o peso de costume emanados pela voz da vocalista Sammliz, despejando em pouco mais de quarenta minutos todos seus sucessos. Em seguida veio Jayme Catarro e seu Deliquentes, mandando ver com seu punk-hardore-rock. Mesmo depois de tantos anos vendo os caras ainda me impressiono com a porrada sonora que produzem.
Eis que lá pelas 3 da manhã depois de muita conversa com o pessoal lá embaixo sobe ao palco, aquele que com certeza é um dos melhores show de rock do país no momento. Já tinha visto os caras no Abril Pro Rock 2005 e sabia de tudo que eram capazes e sinceramente foram melhores ainda. Abrindo com “Babe” o delírio foi total. E vieram “Do amor de morte”, “A caixa” (com participação da Sammliz), a cacetada e delírio de “Aonde estão as flores da sua cabeça” e “Sinfonia para Sol Menor” (essa com participação de alguém da platéia, no caso a amiga Pollyana).
Ainda rolaram duas covers matadoras, “I Wanna Be Your Dog” dos Stooges com direito a Jayme Catarro em dueto e “21sth Century Boy” do T. Rex. Um puta show de rock n´n roll sem dúvida, onde o visual era totalmente importante para o resultado do show, assim como as perfomances, principalmente do Daniel e do baixista androginíssimo Rangel.
Entre plumas e paetês e muito glamour o rock teve uma noite de rei na capital paraense e mostrou toda sua força. domingo, 25 de junho de 2006
Daniel Belleza e os Corações em Fúria
Que os caretas de plantão, as mocinhas inocentes, os nerds certinhos e todos aqueles que rogam praga ao rock se danem. O Rock está vivo, muito vivo e Belém pode ver isso de perto dia 24 de junho último no African Bar com o show da banda paulista Daniel Belleza e os Corações em Fúria. Quem perdeu, sinto muito mas se deu muito mal.
Uma noite totalmente rock n´roll sem dúvida, de sorrisos múltiplos e solos mil. A banda paraense Madame Sataan abriu a noite com a habitual competência e o peso de costume emanados pela voz da vocalista Sammliz, despejando em pouco mais de quarenta minutos todos seus sucessos. Em seguida veio Jayme Catarro e seu Deliquentes, mandando ver com seu punk-hardore-rock. Mesmo depois de tantos anos vendo os caras ainda me impressiono com a porrada sonora que produzem.
Eis que lá pelas 3 da manhã depois de muita conversa com o pessoal lá embaixo sobe ao palco, aquele que com certeza é um dos melhores show de rock do país no momento. Já tinha visto os caras no Abril Pro Rock 2005 e sabia de tudo que eram capazes e sinceramente foram melhores ainda. Abrindo com “Babe” o delírio foi total. E vieram “Do amor de morte”, “A caixa” (com participação da Sammliz), a cacetada e delírio de “Aonde estão as flores da sua cabeça” e “Sinfonia para Sol Menor” (essa com participação de alguém da platéia, no caso a amiga Pollyana).
Ainda rolaram duas covers matadoras, “I Wanna Be Your Dog” dos Stooges com direito a Jayme Catarro em dueto e “21sth Century Boy” do T. Rex. Um puta show de rock n´n roll sem dúvida, onde o visual era totalmente importante para o resultado do show, assim como as perfomances, principalmente do Daniel e do baixista androginíssimo Rangel.
Entre plumas e paetês e muito glamour o rock teve uma noite de rei na capital paraense e mostrou toda sua força. quarta-feira, 7 de junho de 2006
Chinatown - 1974
quinta-feira, 1 de junho de 2006
Homem Espuma - Mombojó
Ano passado no Abril Pro Rock estava ansioso para ver o show do Mombojó, tinha gostado muito do disco “Nadadenovo” e pelo fato de estarem em casa esperava um showzaço. E foi. Mas por outro lado, a banda apresentou muitas músicas novas, em um ritmo bem mais lento e com mais improvisação do que o antigo repertório. Ao mesmo tempo em que ficava com raiva de algumas músicas terem ficado de fora, admirava os caras por terem feito isso. O tempo passa. Eis que surge a nova empreitada de Felipe S (voz), Samuel Dee (baixo), Vicente Machado (bateria), Marcelo Machado (guitarra), Rafa (flauta), Chiquinho Moreira (teclado e sampler) e Marcelo Campello (violão, cavaquinho e escaleta), agora com o apoio de Daniel Ganjaman (do Instituto Coletivo) e de Lúcio Maia (Nação Zumbi) na produção. Sem contar equipamentos muito melhores. E lançamento pelo Trama. Quando uma banda lança um disco que é muito aplaudido, o segundo álbum atrai uma carga de responsabilidade muito grande. Ou você repete as formulas do que já deu certo e cria uma identidade, o que convenhamos é mais comum, ou você pega essa formula e inverte, remexe, acresce, retira, fazendo um trabalho sempre novo. Os recifenses optaram pela segunda. E se deram bem. “Homem Espuma” lançado recentemente é um tiro certeiro. Pode não cativar e nem balançar de primeira como o excelente “Nadadenovo”, mas explora caminhos bem mais diversos que este, com a maestria de seus músicos e a voz cativante de Felipe S. e seu sotaque. O disco foge um pouco mais do samba e rock, vertentes mais exploradas anteriormente e adiciona na panela um pouco de funk, mais bossa nova, eletrônico, uma boa dose de psicodelismo e algumas estranhices decerto. O Mombojó ainda está todo lá, só que com uma outra roupagem, querendo ser mais alguma coisa. “O Mais Vendido” abre o álbum com uma batidinha nonsense e uma letra bacana, trazendo na seqüência “Novo prazer” com um clima meio lounge no ar, almejando “...tomar uma vitamina C...” e culminando no “...sha-la-la....”. A música titulo tem um solo bem bacaninha, mas um dos destaques do álbum vem depois, “Realismo Convicente”, tem uma força coesa, um quê de rock, com um quê de cadência e uma letra bem juvenil e esperançosa “...eu preciso salvar o mundo mesmo que eu não ganhe nada com isso...eu vou tentar...”. Além da participação de Tom Zé. Ponto para os caras. “Tempo de Carne e Osso” também se destaca, com a cortesia da paulistana Céu nos vocais, bem devagarzinha com uma grande quebrada no final. Depois temos a seqüência mais Mombojó do disco, com “Swinga”, “Saborosa” e “Fatalmente”, lembrando outras épocas. “Desencanto” é outra perola a ser descoberta, com Felipe cantando baixinho “...no meu quarto deixei as lágrimas e o desencanto...”. Criatividade sambista em estado bruto. Bons destaques ainda para “Singular” e os metais de “Vazio e o Momento” (que tem uma letra muito interessante). “Minar” fecha o disco botando o clima da psicodelia pelos cantos. Muita gente vem dizendo que os caras aliviaram a mão ou então que o disco não é bom. Proponho um trato. Escute o álbum, deixe um tempo, escute de novo e se depois disso você não gostar eu dou meu braço a torcer. O Mombojó deu um passo a frente na sua música como poucos artistas tem criatividade e ousadia para fazer e nos trazem um disco que com certeza estará entre os melhores do ano. Música prazerosa de ouvir.