"Show de Bola" - 2008
Andando pelo shopping essa semana, entrei no cinema para encarar o filme “Show de Bola” no comecinho da noite. Entrei na sala não esperando muita coisa, sabe como é né? Tema batido, direção de um estrangeiro dando seu famoso “ponto de vista” sobre as coisas, etc e tal. Mas como as outras opções não eram tão atrativas, encarei essa uma hora e quarenta minutos que a produção passa pela tela.
A verdade é que as suspeitas iniciais se confirmaram. Tirando um ou outro bom momento “Show de Bola” passa longe de valer a gíria que sustenta seu nome. O diretor alemão Alexander Pickl carrega nos estereótipos e apresenta alguns problemas técnicos de execução. O elenco em sua grande parte, além de ser mal dirigido não tem uma trama assim tão exemplar para se apoiar.
Nessa trama, estamos no Rio de Janeiro e somos apresentados a Tiago (o ator Thiago Martins em bom trabalho), um moleque da favela que vê seu pai ser morto e enquanto cresce, alimenta o sonho de ser jogador de futebol e brilhar no seu time de coração, o Fluminense. Tiago é bom de bola e vê nela como tantos outros, a chance para escapar da miséria e de um meio que leva seus amigos para o tráfico sem ter mais volta.
Mas o processo para brilhar nos campos não é nada simples ou fácil. Enquanto batalha para isso é preciso cuidar da sua mãe doente, lidar com seu irmão Marcos (o ótimo Gabriel Mattar) que faz as vezes de pai, lhe cobrando o desempenho escolar, por exemplo, como também ver seu melhor amigo Sabiá (Luís Otávio Fernandes) ir literalmente ladeira abaixo.
Para conseguir seu sonho, Tiago conta com a ajuda do traficante da favela, Tubarão (um Lui Mendes em desempenho abaixo do que é capaz) que ao mesmo tempo que parece ser sua redenção, acaba por deixar sua vida ainda mais dificil. A encruzilhada se apresenta e Tiago precisa saber o que fazer. “Show de Bola” não convence em momento algum. Nem na trilha sonora. Tudo parece copiado demais, forçado demais e com bons ingredientes de menos.
Sua crítica ao filme despreza verdadeiros tesouros revelados na fotografia pouco usual de uma das cidades mais famosas do mundo. Seu preconceito salta aos olhos no texto e sua sinopse para blogueiro ler também é deficiente. O filme é bom, a trilha fecha bem e há muito mais acertos do que erros...
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