domingo, 1 de maio de 2016

Quadrinhos: “Deadpool – Meus Queridos Presidentes” e de “Homem-Aranha – Negócios de Família”


Tudo pode acontecer com o Deadpool né? Já deu para perceber isso no decorrer dos anos, então nada mais normal (para ele) do que ter que enfrentar uma horda de zumbis poderosos composta por todos os ex-presidentes dos EUA já falecidos. “Deadpool – Meus Queridos Presidentes” é uma publicação nacional do início do ano em capa dura da Panini Comics com 140 páginas e faz um compêndio das edições do mascarado maluco de 1 a 6 lançadas nos EUA entre janeiro e maio de 2013. Com roteiro de Gerry Duggan e Brian Posehn, tem ilustrações de Tony Moore e cores de Val Staples. No divertido absurdo da história, os ex-presidentes são convocados do além por um maluco ex-agente da S.H.I.E.L.D que mexe com magia, para que estes salvem a América, que anda uma desgraça só. Bom, as coisas não saem bem como o planejado e a agência com vergonha (entre outras coisas) do ocorrido acaba convocando o Deadpool para salvar o dia. Claro que também que as coisas não fluem da maneira que todos pensavam e o mercenário tagarela vai arremessando corpos na mesma proporção que distribui suas piadas ácidas e comentários cruéis. Esse primeiro arco de histórias apresentou a nova fase do personagem que continua em alta voltagem até hoje. “Deadpool – Meus Queridos Presidentes” é diversão do início ao fim, com uma ou outra crítica espalhada ali pelo meio do caminho, e uma “repaginada” peculiar de personagens históricos e tão importantes. Inclusive, pode tranquilamente a alguns anos figurar entre as histórias clássicas do protagonista, mesmo que seja um mais do mesmo do que já se viu antes. Sem se atentar a isso, no entanto, cumpre o seu papel que é divertir o leitor. E cumpre muito bem.

Nota: 8,0


Um dos pontos fracos mais latentes do Homem-Aranha sempre foi a família. Desde o início lá atrás quando o tio é assassinado, o herói ficou obcecado pela segurança de todos aqueles ao seu lado. Usando essa “fraqueza”, os escritores Mark Waid (Demolidor) e James Robinson (Batman) criaram uma graphic novel com trama fechada que apresenta o aracnídeo tendo que lidar de maneira bem interessante com isso. Publicada originalmente nos EUA em 2014, a história ganha edição nacional nesse ano pela Panini Books com capa dura, tratamento cuidadoso e 116 páginas. A arte da hq é um caso à parte. Com desenhos de Werther Dell’Edera e arte pintada do magistral italiano Gabrielle Dell’Otto (de “Guerra Secreta”), a trama que já é boa, se amplifica ainda mais. Falando em trama, tudo começa com Peter Parker sendo salvo por uma misteriosa mulher, que mais a frente se verá ter relações familiares diretas com ele. Por trás de tudo está um zeloso plano do Rei do Crime (como a capa já denuncia o envolvimento dele), que ambiciona voltar para o reinado que deixou para trás. É bacana se deparar com uma boa história do Aranha, tão maltratado ultimamente nos quadrinhos, com um roteiro que se sustenta e traz o leitor para o jogo. Com direito a vários extras, a edição brazuca de “Homem-Aranha – Negócios de Família” é daquelas para se guardar na estante, ainda mais pelo deslumbrante trabalho visual apresentado. Se ainda hoje o escalador de paredes é um dos maiores nomes da Marvel, causando rebuliço até em outras mídias, dá para imaginar o quão grande ele seria se recebesse sempre o mesmo tratamento aqui dispensado pela dupla Mark Waid e James Robinson.

Nota: 9,0



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