segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Phil Spector" - 2013


Phil Spector foi uma figura muito marcante no cenário musical dos Estados Unidos, principalmente nas décadas de 60 e 70. Como compositor e produtor emplacou sucesso atrás de sucesso. Do seu repertório saíram canções como “Be My Baby” com as Ronettes e “Unchained Melody” com os Righteous Brothers. Além disso, trabalhou com os Beatles no fatídico “Let It Be” e posteriormente com John Lennon, George Harrison, Ramones e Leonard Cohen, entre tantos outros.

Em 2003, já com 60 e poucos anos e bem mais recluso do que na época de ouro, foi acusado da morte da atriz Lana Clarkson, a qual teria levado para a sua mansão, colocado uma arma na boca dela e atirado. No segundo julgamento ocorrido no ano de 2009, foi condenado pelo júri e cumpre seus anos de prisão no estado da Califórnia. Foi em cima dessa história que o experiente diretor David Mamet resolveu ambientar o filme “Phil Spector”, mais precisamente na fase do primeiro julgamento.

David Mamet é mais conhecido pelo seu trabalho como roteirista em filmes como “O Veredicto” de 1982, “Os Intocáveis” de 1987 e “Mera Coincidência” de 1997. Em “Phil Spector” ele também assume essa tarefa. Com produção da HBO voltada para a televisão, o longa começou a passar nos canais da rede aqui no Brasil recentemente. Com Al Pacino no papel do personagem principal, traz ainda Helen Mirren (“A Rainha”) como Linda Kenney Baden e Jeffrey Tambor (da série “Arrested Development”) como Bruce Cutler. Ambos, advogados.

Em pouco mais de uma hora e meia o que vemos é um trabalho que não encontra forças para se afirmar. Fica no meio termo entre ser um filme de tribunal e uma rasa biografia. Enquanto filme de tribunal não apresenta nada de novo e não se sobressai, pois não gera tensão alguma, uma vez que já se sabe o resultado final da jornada. Como biografia, deixa ainda mais a desejar, pois simplesmente “arremessa” alguns dados da carreira de Phil Spector, utilizando esses dados mais como adereço do que informação.

De bom em “Phil Spector”, só mesmo a dupla Al Pacino e Helen Mirren, mas mesmo assim eles não conseguem salvar o trabalho. Em meio as perucas e pensamentos não muito conexos da figura retratada, Al Pacino mostra todo seu talento, ainda que atrapalhado pelo insosso roteiro e a incipiente direção de David Mamet. E, vá lá, para dizer que não tem mais nada, tem uma boa tirada envolvendo o “Let It Be” e Paul McCartney. Porém, é somente isso e nada mais. Um tremendo desperdício do personagem que dá nome ao filme.

Nota: 5,5

Assista aqui ao trailer (em inglês):


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