sexta-feira, 12 de abril de 2013

"Invasão à Casa Branca" - 2013


O filme “Atraídos Pelo Crime” de 2009 representava aquela famosa luz no final do túnel para a carreira do diretor Antonie Fuqua. Isso, porque depois do ótimo “Dia de Treinamento” de 2001, que rendeu um Oscar para o ator principal (Denzel Washington) e uma indicação de ator coadjuvante para Ethan Hawke, o diretor não conseguiu levar adiante o prometido talento e embarcou em produções nada espetaculares como “Lágrimas de Sol” e o sofrível “Rei Arthur”.  

O longa de 2009 não era extraordinário, mas exibia um pouco do brilho do trabalho mais famoso e dava certa esperança de recuperação. “Invasão à Casa Branca” é o imediato passo seguinte a essa ligeira promessa. O diretor conseguiu reunir um elenco com muito potencial a ser explorado com Gerard Butler (“300”), Aaron Eckhart (“Batman - O Cavaleiro das Trevas”), Melissa Leo (“O Vencedor”), Dylan McDermott (“Os Candidatos”), além de veteranos como Morgan Freeman e Robert Forster.

Só que as promessas começam a desmoronar já na primeira olhada para o roteiro de Creighton Rothenberger e Katrin Benedikt. Mike Banning (Butler) é um ex-agente do Serviço Secreto que abalado por uma falha do passado se encontra agora trabalhando em uma mesa no Tesouro Nacional. Essa falha ocorreu quando era responsável pela segurança do Presidente (e amigo) Benjamin Asher (Eckhart). No entanto, quando ocorre uma invasão terrorista na Casa Branca ele é o único que se mantêm vivo para salvar o dia. Uma espécie de redenção.

Banning é rodeado por culpa e insatisfação e quando aparece a chance de derrubar um grupo terrorista o sentimento de dever fala mais alto e ele vê a oportunidade como uma segunda chance, além de cumprir com o dever patriótico. Dentro da Casa Branca, várias situações conhecidas são exploradas. A desconfiança, o atrito com o general prepotente, os discursos vazios dos “vilões”, o êxito marcado por alguns segundos apenas e declarações afetivas sobre relações pessoais.

Nesse amontoado de estripulias baratas e óbvias, nem os bons atores se salvam. Usando a moeda da vez do terrorismo como mola motivadora (aqui no caso, a Coréia do Norte e do Sul), “Invasão à Casa Branca” não consegue envolver mais do que 20 minutos (isso sendo bastante benevolente). Com o novo filme, fica cada vez mais claro e evidente que o vigor de “Dia de Treinamento” nunca mais será visto na obra de Antoine Fuqua, e que o aconteceu antes não passou de um acaso, de um tiro de sorte.

Nota: 4,0

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