terça-feira, 16 de abril de 2013

"Machu Picchu" - Tony Bellotto


Tony Bellotto é um cara talentoso. Não há como se negar isso. Seja junto com os Titãs na produtiva primeira parte da carreira - que durou até o álbum “Domingo” de 1995 - ou em boa parte da vida de escritor iniciada com “Bellini e A Esfinge”, também do mesmo ano de 1995. Pode-se até afirmar que uma atuação profissional substituiu a outra, se formos analisar mais severamente. E enquanto a carreira da banda murcha sofrivelmente, a de escritor ia, na verdade, ganhando mais corpo.

Ia, isso mesmo, ia. O novo livro intitulado “Machu Picchu” joga contra essa evolução que ficou mais clara em “No Buraco” de 2010, que apresentava um Bellotto mais leve e divertido na narrativa, usando os recursos da literatura pop das últimas décadas misturado com reminiscências da própria vida, onde causos interessantes não faltaram. Essa temática pode ser estendida ao novo livro, mas com a mudança do foco principal para uma família normal do Rio de Janeiro nos dias atuais.

No livro somos apresentados ao casal Zé Roberto e Chica, que se conheceram durante os eventos da Eco-92 (para saber mais, clique aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/ECO-92) e daí partiram para um duradouro casamento que completa 18 anos no dia em que o livro se desenvolve. Nesse dia, a cidade do Rio de Janeiro presencia um engarrafamento descomunal e os dois ficam presos separadamente no trânsito, onde aproveitam para passar a limpo o status da vida naquele exato momento.

Acomodação, insatisfação e arrependimentos são as molas propulsoras para esses pensamentos em meio a imensidão de carros parados. É quando vemos que o casamento de Zé e Chica já não anda tão bem das pernas, e a traição dupla é apenas o ponto principal disso. No meio dessa crise ainda ocultada pelo “bem maior”, Bellotto adiciona dois filhos, uma enteada, dois amantes e mais uma ex-mulher. E assim cria uma sitcom para contar de maneira divertida os dramas e agruras que expõe.

Nesse sétimo romance (e oitavo livro a ser publicado), Tony Bellotto não consegue agradar. Além da trama estereotipada, com um lado bonachão que não fisga o leitor, tem um sério problema na obrigação de soar pop, usando referências mil da cultura em geral. Rapidamente dá para contar mais de setenta em um livro curtinho, de apenas 120 páginas. De Dead Kennedys a Zé do Caixão. De Agepê a Henry Miller. Um uso demasiado que ao invés de satisfazer, só consegue incomodar e atrapalhar.

“Machu Picchu” tem novamente como casa a Companhia das Letras e significa para a carreira de escritor de Tony Bellotto exatamente o que o álbum “Sacos Plásticos” significou para os Titãs. Absolutamente nada.

Nota: 4,5


Textos relacionados no blog:
- Literatura: “No Buraco” – Tony Bellotto.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Phil Spector" - 2013


Phil Spector foi uma figura muito marcante no cenário musical dos Estados Unidos, principalmente nas décadas de 60 e 70. Como compositor e produtor emplacou sucesso atrás de sucesso. Do seu repertório saíram canções como “Be My Baby” com as Ronettes e “Unchained Melody” com os Righteous Brothers. Além disso, trabalhou com os Beatles no fatídico “Let It Be” e posteriormente com John Lennon, George Harrison, Ramones e Leonard Cohen, entre tantos outros.

Em 2003, já com 60 e poucos anos e bem mais recluso do que na época de ouro, foi acusado da morte da atriz Lana Clarkson, a qual teria levado para a sua mansão, colocado uma arma na boca dela e atirado. No segundo julgamento ocorrido no ano de 2009, foi condenado pelo júri e cumpre seus anos de prisão no estado da Califórnia. Foi em cima dessa história que o experiente diretor David Mamet resolveu ambientar o filme “Phil Spector”, mais precisamente na fase do primeiro julgamento.

David Mamet é mais conhecido pelo seu trabalho como roteirista em filmes como “O Veredicto” de 1982, “Os Intocáveis” de 1987 e “Mera Coincidência” de 1997. Em “Phil Spector” ele também assume essa tarefa. Com produção da HBO voltada para a televisão, o longa começou a passar nos canais da rede aqui no Brasil recentemente. Com Al Pacino no papel do personagem principal, traz ainda Helen Mirren (“A Rainha”) como Linda Kenney Baden e Jeffrey Tambor (da série “Arrested Development”) como Bruce Cutler. Ambos, advogados.

Em pouco mais de uma hora e meia o que vemos é um trabalho que não encontra forças para se afirmar. Fica no meio termo entre ser um filme de tribunal e uma rasa biografia. Enquanto filme de tribunal não apresenta nada de novo e não se sobressai, pois não gera tensão alguma, uma vez que já se sabe o resultado final da jornada. Como biografia, deixa ainda mais a desejar, pois simplesmente “arremessa” alguns dados da carreira de Phil Spector, utilizando esses dados mais como adereço do que informação.

De bom em “Phil Spector”, só mesmo a dupla Al Pacino e Helen Mirren, mas mesmo assim eles não conseguem salvar o trabalho. Em meio as perucas e pensamentos não muito conexos da figura retratada, Al Pacino mostra todo seu talento, ainda que atrapalhado pelo insosso roteiro e a incipiente direção de David Mamet. E, vá lá, para dizer que não tem mais nada, tem uma boa tirada envolvendo o “Let It Be” e Paul McCartney. Porém, é somente isso e nada mais. Um tremendo desperdício do personagem que dá nome ao filme.

Nota: 5,5

Assista aqui ao trailer (em inglês):

sexta-feira, 12 de abril de 2013

"Invasão à Casa Branca" - 2013


O filme “Atraídos Pelo Crime” de 2009 representava aquela famosa luz no final do túnel para a carreira do diretor Antonie Fuqua. Isso, porque depois do ótimo “Dia de Treinamento” de 2001, que rendeu um Oscar para o ator principal (Denzel Washington) e uma indicação de ator coadjuvante para Ethan Hawke, o diretor não conseguiu levar adiante o prometido talento e embarcou em produções nada espetaculares como “Lágrimas de Sol” e o sofrível “Rei Arthur”.  

O longa de 2009 não era extraordinário, mas exibia um pouco do brilho do trabalho mais famoso e dava certa esperança de recuperação. “Invasão à Casa Branca” é o imediato passo seguinte a essa ligeira promessa. O diretor conseguiu reunir um elenco com muito potencial a ser explorado com Gerard Butler (“300”), Aaron Eckhart (“Batman - O Cavaleiro das Trevas”), Melissa Leo (“O Vencedor”), Dylan McDermott (“Os Candidatos”), além de veteranos como Morgan Freeman e Robert Forster.

Só que as promessas começam a desmoronar já na primeira olhada para o roteiro de Creighton Rothenberger e Katrin Benedikt. Mike Banning (Butler) é um ex-agente do Serviço Secreto que abalado por uma falha do passado se encontra agora trabalhando em uma mesa no Tesouro Nacional. Essa falha ocorreu quando era responsável pela segurança do Presidente (e amigo) Benjamin Asher (Eckhart). No entanto, quando ocorre uma invasão terrorista na Casa Branca ele é o único que se mantêm vivo para salvar o dia. Uma espécie de redenção.

Banning é rodeado por culpa e insatisfação e quando aparece a chance de derrubar um grupo terrorista o sentimento de dever fala mais alto e ele vê a oportunidade como uma segunda chance, além de cumprir com o dever patriótico. Dentro da Casa Branca, várias situações conhecidas são exploradas. A desconfiança, o atrito com o general prepotente, os discursos vazios dos “vilões”, o êxito marcado por alguns segundos apenas e declarações afetivas sobre relações pessoais.

Nesse amontoado de estripulias baratas e óbvias, nem os bons atores se salvam. Usando a moeda da vez do terrorismo como mola motivadora (aqui no caso, a Coréia do Norte e do Sul), “Invasão à Casa Branca” não consegue envolver mais do que 20 minutos (isso sendo bastante benevolente). Com o novo filme, fica cada vez mais claro e evidente que o vigor de “Dia de Treinamento” nunca mais será visto na obra de Antoine Fuqua, e que o aconteceu antes não passou de um acaso, de um tiro de sorte.

Nota: 4,0

Textos relacionados no blog:


Assista ao trailer legendado:

terça-feira, 2 de abril de 2013

Lollapalooza Brasil - 29,30 e 31 de março de 2013 - Jockey Club (São Paulo)

 
O Lollapalooza chegou a sua segunda edição brasileira nesse final de semana de páscoa. Nos dias 29, 30 e 31 de março, o Jockey Club de São Paulo recebeu dezenas de atrações e contou com a presença de 167 mil pessoas nos três dias (de acordo com informação do próprio evento). Uma venda de mais de 92% da totalidade dos ingressos disponibilizados a um preço que para muitos foi bastante salgado (inteiras de R$ 330,00 a R$ 350,00 por dia). Antes de falar sobre o principal item em um festival de música, que olha só, deveria ser a música, vou me ater a alguns outros pontos.

Quando pagamos um valor, qualquer que seja ele, em troca de uma mercadoria ou serviço, é lógico que esperamos uma contrapartida a altura do que investimos. Quando o valor é elevado, entende-se como normal que a cobrança seja do mesmo tamanho. Não foi exatamente o que vimos no Lollapalooza. Do pulo dos dois dias de 2012 para os três dias de 2013, a produção do evento reconheceu erros e prometeu melhorias, o que na verdade não ocorreu em quantidade satisfatória. É evidente que não é fácil fazer uma estrutura desse porte funcionar 100% no que tange a transporte, comodidade, alimentação, higiene e serviços em geral. Mas isso nunca pode ser encarado como desculpa, que é o que geralmente acontece. Paga-se muito. Exige-se muito. É assim que funciona. Ou pelo menos, é assim que deveria funcionar.

Logo na sexta-feira deu para perceber que existiriam dores de cabeça. Quem deixou para retirar os ingressos na hora do evento levou de uma a três horas para cumprir tal (simples?) tarefa. Absurdo é pouco, ainda mais agravado se lembrarmos que existe a cobrança da famigerada taxa de conveniência (que não serve para nada, a não ser aumentar os lucros dos responsáveis). Ao entrar no Jockey Club logo se deparava com filas e mais filas para compras as “Pillas”, a moeda oficial do evento. E de novo, filas e mais filas para ir ao banheiro, que em determinado momento era um amontoado de sujeira, ou filas e mais filas para resgatar alguma coisa para beber ou comer. Some-se a isso o fato da chuva ter espalhado lama por toda a área (o que poderia ter sido resolvido nos dias seguintes com proteção nos piores setores). Conectar o telefone a internet ou conseguir uma ligação era um milagre na maioria das operadoras. Congestionamento de linhas beirando proporções épicas.

Quando enfim se passa por um sacrifício que repito, não se justifica de maneira alguma, e finalmente entramos na música em si, esses esforços e pesares vão perdendo importância e acabam sendo, se não esquecidos, pelo menos relevados e até mesmo, pasmem: perdoados. É de botar medo o discurso do “valeu a pena, apesar de tudo”. Pois dessa maneira, o consumidor se coloca em uma posição de estar agradecido por alguém ter lhe dado a chance de ver a banda predileta. Uma chance que não lhe “deram”, e sim foi paga por um valor respeitável para se assistir e merece ser atendido da melhor maneira possível. Esse tipo de discurso é o que contribui, e muito, para que as coisas continuem sendo do jeito que são.

Dito isso, vamos partir para os shows. Não vi no Jockey Club nenhum show histórico ou algo do tipo, mas sim, ocorreram apresentações ótimas e memoráveis. Um festival é sempre um exercício de escolha, é bom lembrar, e entre as diversas opções (e no Lollapalooza eram 4 palcos), você opta pelo que mais gosta ou faz alguma aposta que possa surpreender. É humanamente impossível ver tudo, isso é pura balela. E entre afirmações, loucuras e decepções, distribuo minhas impressões abaixo em algumas categorias:

- Melhores shows (em ordem de preferência):

1-Pearl Jam: Foi a última apresentação do festival e também foi a melhor. Em duas horas e pouco, Eddie Vedder e sua trupe destilaram versões poderosas de canções como “Corduroy”, “State Of Love And Trust”, “Rearviewmirror” e principalmente a já clássica “Black”. Ainda houve tempo para homenagear os Ramones com a versão de “I Believe In Miracles” e o The Who com uma versão para “Baba O’ Riley”. Foram 26 músicas e um belo show de rock para velhos, jovens, crianças e seres de qualquer planeta cantarem e pularem juntos.

2-Queens Of The Stone Age: Josh Homme, assim como no SWU, abriu logo com dois hits. Dessa vez as escolhidas foram “The Lost Art of Keeping a Secret” e “No One Knows”. E assim o público estava ganho. Desse ponto em diante veio o rock visceral, enérgico e muito bem tocado da banda. Com direito a uma música nova (“My God Is The Sun”), o QOTSA deixou um sorriso espalhado de lado a lado nos rostos no Jockey. Mesmo que inexplicavelmente tenha acabado uns 10 minutos mais cedo e “Feel Good Hit Of The Summer” tenha ficado de fora.

3-Alabama Shakes: Tipo do show em que tudo deu certo. Final de tarde, o céu mudando de cor, pássaros voando por cima do palco (sim, eu vi isso e estava lúcido) e Britanny Howard com muita vontade de tocar e cantar. Inspiradíssima e apoiada na capacidade dos seus parceiros destilou o repertório do ótimo álbum de estreia “Boys & Girls” do ano passado. Faixas como “Hold On” e “Heartbraker” ganharam uma dimensão diferente ao vivo e colaboram para fazer um show simples, porém, emocionante.

4-Flaming Lips: Wayne Coyne parecia ter vindo de um futuro distante para o Lolla. Como um pregador após o apocalipse espalhou sua mensagem para os sobreviventes com um “bebê” no colo que alimentava uma cascata de luz atrás dele. Só saiu do pequeno palanque em que ficou no final. Com projeções ensandecidas de cores e texturas acompanhando a música repleta de nuances progressivas e fora dos padrões, deixou alguns fiéis mais crentes ainda, ao passo que afastou muitos novos adeptos. Para os fiéis, mandou entre o repertório praticamente novo, preces conhecidas como “Yoshimi Battles the Pink Robots” e “Dou You Realize??” como prêmio. E dessa maneira, fez rezar na virtuosa viagem que escolheu comandar.

5-Planet Hemp: Tocando em um horário nobre no domingo (coisa raríssima para bandas nacionais), Marcelo D2 e BNegão não perderam a oportunidade. Mesmo com o som explodindo algumas vezes, comandaram um som pesado, com groove e preenchido por hits. O Planet é daquelas bandas que são associadas diretamente a uma temática e não tem como fugir disso. O discurso bem humorado no telão (que foi muito bem usado) com o Away no início podia ser menor, mas tirando isso até que o discurso não encheu o saco. Dividido em três atos que exploraram os discos lançados, ainda teve no final uma bacanuda homenagem a Chico Science com uma versão respeitável de “Samba Makossa”.

6-The Killers: Gostando ou não das músicas (ou da postura) de Brandon Flowers e companhia, uma coisa ficou inegável no Jockey Club: a banda está jogando no time de cima do rock mundial. Sua mistura de rock de estádio com farofa e anos 80 culminando em refrãos com ganchos poderosos, funcionou muito e fez um grande público se envolver no show. E o desempenho em cima do palco também foi proporcional. Simpático, usando de bons clichês e cantando limpamente, o vocalista comandou um show competente, um rock preparado para arenas e públicos grandes. Goste-se ou não, repito, a banda entende do negócio em que se meteu.

7-Tomahawk: O projeto paralelo que Mike Patton (Faith No More) leva em frente junto com John Stainer (Helmet), Duane Denison (Jesus Lizard) e Trevor Dunn (Mr. Bungle), fez um show bem interessante. O vocalista podia ser facilmente confundido com um brasileiro enquanto se expressava ao público, pois fala praticamente como se fosse um. Deixando um pouco de lado as canções mais experimentais, o grupo sentou a mão em um repertório coeso e pesado, que incluiu também faixas do recém-lançado “Oddfellows”.

8-Graforréia Xilarmônica: Frank Jorge, Carlo Pianta, Marcelo e Alexandre Birck só não entraram mais acima, pois devido ao horário só assisti as 7 últimas músicas (de 20 tocadas). Com um som claro e forte, o grupo tocou suas canções bem humoradas e alegrou o pequeno público presente. O fechamento foi com “Bagaceiro Chinelão”, “Benga Velha Companheira” e “Rancho”. Ficou o arrependimento de não ter assistido mais, se bem que apenas 7 músicas da Graforréia ainda valem mais do que muita coisa por aí.

- Os Piores Shows

1-A Perfect Circle: Concorreu seriamente pelo posto da pior coisa que o festival produziu. E olha que a concorrência era forte se adicionarmos as filas, a lama e tudo mais na briga. Show capaz de assombrar os sonhos por um bom tempo.

2-Two Door Cinema Club: Não dava para entender todo aquele público cantando e vibrando quando se escutava as canções ou a sua execução no palco. A alegria era inversamente proporcional a qualidade do que saia das caixas. Daquelas coisas inexplicáveis da vida.

- As Decepções

1-Cake: Uma das bandas mais esperadas, o Cake decepcionou bastante. Começou bem com a dobradinha “Frank Sinatra” e “Love You Madly”, no entanto foi se perdendo com o decorrer do tempo. As longas paradas entre as músicas e o falatório completamente desnecessário de John McCrea foram fundamentais para essa queda. Na parte final ainda houve uma tentativa de retomar o público com canções como a cover de “I Will Survive” e as próprias “Never There” e “Short Skirt/Long Jacket”, mas aí já era tarde demais, o jogo já estava perdido. Infelizmente.

2-The Black Keys: Sabe aquela mulher que você vê na capa das revistas e tudo está incrivelmente no lugar, mas quando você a vê em uma imagem na rua ou na praia, a coisa é beeem diferente? Pois é, assim foi o show do Black Keys. Não chegou a ser ruim, mas era claro que a mistura de blues e rock de garagem do duo Dan Auebach e Patrick Carney não estava funcionando como deveria. Mesmo abrindo com “Howlin’ For You” e “Next Girl” e passando por coisas como “Thickfreakness”, não convenceu completamente. Melhor ficar com os discos ou esperar um show em um ambiente diferente. E menor.

- Melhores canções de cada dia:

1-Sexta: “Mr. Brightside” – The Killers
2-Sábado: “Hold On” – Alabama Shakes
3-Domingo: “Black” – Pearl Jam

- Melhor Lanche:

Os Churros foram imbatíveis, mas as tirinhas de frango também fizeram bonito e quase arrebataram o primeiro posto nesse quesito.

O Lollapalooza Brasil 2013 teve pontos positivos como os shows, o acesso fácil (pelo menos para chegar, para sair já foi outra história), a diversidade de lanches oferecidos (mesmo que fosse complicado adquiri-los) e o chopp quase sempre bem gelado. Mas pecou muito nos pontos descritos nos primeiros parágrafos. Pontos relevantíssimos, afirme-se novamente aqui. Que a edição de 2014 já confirmada para 18,19 e 20 de abril, venha melhor e com mais respeito ao público, que é a engrenagem que financia um evento desse porte. Respeito é bom e até onde eu sei, faz muito bem. E que o público também mude a postura do “valeu a pena, apesar de tudo” e cobre por condições melhores para usufruir do dinheiro que está investido na sua diversão.

2014 é bem ali. Vamos esperar para ver.


Todas as fotos foram retiradas dos endereços oficiais. Tanto do site (http://www.lollapaloozabr.com) quando do facebook (http://www.facebook.com/LollapaloozaBR).