segunda-feira, 1 de outubro de 2012

"A Dança dos Dragões - As Crônicas de Gelo e Fogo - Livro Cinco" - George R.R. Martin


“O que você tem em mãos é o quinto volume de “As Crônicas de Gelo e Fogo”. O quarto volume foi “O Festim dos Corvos”. Contudo, este volume não dá sequência ao anterior no sentido tradicional, mas corre em paralelo a ele”.

O parágrafo acima é extraído das observações iniciais de George R. R. Martin antes do começo de “A Dança dos Dragões”, o quinto livro da citada série de gelo e fogo, que a Editora Leya publica esse ano por aqui com 872 páginas e tradução de Márcia Blasques. Originalmente a obra foi lançada no ano passado, mas em terras nacionais chega não muito tempo depois do volume anterior e dentro da sequência projetada pela responsável pelos direitos de publicação.

“A Dança Dos Dragões” enverga no seu corpo as expectativas de superação e retomada de caminho, quebradas com o apenas mediano “O Festim dos Corvos”. Para isso conta com a volta de personagens fortes (talvez os mais agudos do momento atual) como Jon Snow, Tyrion Lannister e Daenerys Targaryen. Ao final das mais de 800 páginas dentro dessa obtusa terra, essa superação é obtida quase que plenamente, mesmo ainda ficando um pouco aquém da trilogia inicial.

George R.R. Martin amplia ainda mais os horizontes dessa terra que inventa e escreve desde a segunda metade dos anos 90. Esse horizonte é aumentado não somente com a inserção de novos personagens que participam de modo relevante da trama, como também fisicamente, pois novas fronteiras são desenhadas além de Westeros, as terras do mar de verão e as cidades livres. Essa dilatação proporciona de maneira imediata outras perspectivas para explorar.

Em “A Dança dos Dragões” vemos o jovem Jon Snow lutar contra tudo e todos no comando da Muralha, enquanto a princesa Targaryen começa a transitar em estradas cada vez mais frágeis, tendo que igualar sua sede de poder com desejos sexuais e traições dentro do seu próprio círculo. Do outro lado, o anão Lannister (o personagem mais interessante do primeiro nível) foge da morte certa e começa a descobrir que suas certezas não estavam tão certas como ele suspeitava.

A trama ainda olha para os Greyjoy e também para o Rei Stannis Baratheon, que mesmo sem as forças que deseja, se mantêm firme na oposição ao Rei Tommen Lannister em Porto Real. Esse olhar também se estende para após os eventos que andam de modo uniforme com o “Festim dos Corvos” e acaba juntando os dois últimos volumes, criando novamente expectativa para o volume vindouro dessa série que navega entre sangue e sofrimento pelas mãos do seu autor.

Nota: 7,5

Site do autor: http://georgerrmartin.com

Matérias relacionadas no blog:

2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda estou no terceiro Livro e queria saber de vocês qual foi a melhor parte de todos os livros até agora, seja ela uma parte dramatica ou violenta.
Eu pergunto porque eu achei a parte da morte da Ygritte muito boa, e para mim o melhor final de personagem dos três volumes

Obrigado, Alisson Almeida, Arapiraca Alagoas

Adriano Mello Costa disse...

Alisson, gostei bem do segundo e terceiro livros. O quarto dá uma caída e agora o quinto tenta levantar novamente (e consegue quase que totalmente).
Para mim, os melhores momentos da série estão nas mortes dos Starks e no destino a que foi submetido Tywin Lannister.

Abração :)