quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"Se Enlouquecer, Não Se Apaixone" - 2010

Craig (Keir Gilchrist) é um adolescente praticamente como qualquer outro. Cursa o colegial em Nova York, USA, e apesar de fazer parte de um programa para alunos mais inteligentes, ou seja, participar de uma classe com um status diferente, sofre as agruras que a paixão pode oferecer nessa parte da vida. Para piorar ele inventou de se apaixonar pela namorada do melhor amigo, o que somado as pressões que sofre da família para ser alguém importante, fazem sua cabeça pirar.

Esse simples roteiro inicial dá o tom de “Se Enlouquecer, Não Se Apaixone” (“It’s Kind Of Funny Story”, no original), uma comédia dramática que aterrissa diretamente em DVD no Brasil. Baseado no romance de mesmo nome escrito por Ned Vizzini, o filme é dirigido em conjunto por Ryan Fleck e Anna Boden (os mesmos de “Sugar” de 2008) e mostra um jovem tentando se adequar ao mundo, enquanto lida de modo desajeitado com uma doença bastante comum e subestimada: a depressão.

O verdadeiro disparo da história acontece quando Craig passa a pensar com frequência em suicídio, tentando inclusive se jogar da ponte do Brooklyn, mas não reúne a coragem para tanto. Com a cabeça em parafuso, se dirige a um hospital para atendimento e acaba internado por alguns dias. O problema é que como a ala destinada as pessoas de sua idade está em reforma, ele passará a conviver com adultos que tem problemas muito mais sérios que o seu, como esquizofrenia.

Dentro do hospital, Craig acaba se encontrando um pouco mais e aprende a lidar com os obstáculos e as pressões, principalmente devido ao contato com a jovem e bela Noelle (Emma Roberts) e com Bobby (Zach de “Se Beber, Não Case”), um cara gente boa, mas que sofre com uma doença que lhe deixa incapaz de seguir em frente e ser o pai que a pequena filha que tem merecia ter. No meio dessa estrutura meio desconexa e incomum, é que a história se encaixa e desenvolve.

“Se Enlouquecer, Não Se Apaixone”, traz seus próprios problemas (além da esdrúxula tradução), principalmente quando tenta passar uma imagem muito límpida do serviço de saúde ou quando envereda demais pelo caminho da redenção. Mesmo assim, vale bem a pena ser visto, pois trata de maneira inteligente de temas difíceis e emociona em pequenas proporções, além de ter uma trilha sonora bacana e um Zach Galifianakis em atuação espirituosa e surpreendente.

Assista ao trailer (não consegui encontrar legendado):


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