domingo, 15 de maio de 2011

"Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio" - 2011


Um grupo de amigos inclinados para o lado mais criminoso da sociedade precisa se unir novamente para um último golpe, com o intuito de conquistar a tão sonhada liberdade e assim escapar de uma vida onde o sossego é um objeto raro. Quantas e quantas vezes isso já não foi visto na grande tela? Várias (e algumas com bons resultados). E muito provavelmente será visto mais um monte de vezes, então não dá para esculhambar o novo filme da série “Velozes e Furiosos” por conta disso.

“Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio” traz em mais de duas horas vários outros motivos para ser criticado (e com razão). Dessa vez, Brian O’ Conner (Paul Walker), Dom Toretto (Vin Diesel) e Mia Toretto (a belíssima Jordana Brewster) estão em plena cidade maravilhosa tramando um golpe. Quando esse dá errado entram na mira de um (muito) bem vestido chefão do tráfico carioca, envoltos em uma trama mirabolante que envolve polícia, tecnologia, agentes especiais e claro, muita correria e ação.

O roteiro do filme é muito fraco e confuso, mas isso não chega a incomodar tanto, já que em filmes de ação o conteúdo não é uma das maiores preocupações e sim as cenas mais frenéticas. E isso o longa traz de sobra. Perseguições, fugas, batidas. Todo o arsenal que o diretor Justin Lin poderia colocar a prova está lá. O que incomoda então não é a fraqueza do roteiro, mas sim a maneira como ele é conduzido. São falhas absurdas que permeiam todos os aspectos importantes do longa.

Uma torre de babel se aloja na película e temos conversas em inglês, português e espanhol convivendo de uma maneira inóspita, para dizer o mínimo. Como a maioria das cenas não foi gravada por aqui existe uma confusão geográfica danada (até um belo trem surge fazendo rota no Rio) e na maioria das vezes são hispânicos que fazem as vezes dos “nativos” brasileiros. Chega a ser indevidamente engraçado algumas conversas apresentadas, lembrando dublagens horríveis exibidas na tevê.

Outro ponto a ser considerado é a mudança no rumo da trama (que foi bem nos dois primeiros da franquia), que passa a ostentar ser um filme nos moldes de “Onze Homens e um Segredo” quando O’Conner e Toretto convidam um time de amigos para ajudar, o que até diverte e propõe outro caminho para o sexto filme. Porém, mesmo com cenas de ação agitadas (e não bem pensadas) e momentos divertidos, o quinto filme da série precisa de um extremo exercício de boa vontade para agradar.

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