sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Belong" - The Pains Of Being Pure At Heart - 2011


Em 2009 quatro jovens do Condado do Brooklyn em Nova York apareceram com um belo registro de estreia onde resgatavam a sonoridade de bandas como The Jesus And Mary Chain e My Blood Valentine, entre outras. The Pains Of Being Pure At Heart era o nome da banda dos quatro jovens e com o álbum homônimo conquistaram alguns milhares de fãs ao redor do globo.

Em 2011 o grupo de Kip Berman (vocal e guitarra), Alex Naidus (baixo), Peggy Wang (teclados e vocal) e Kurt Feldman (bateria) novamente coloca nas lojas um trabalho para ser apreciado. Durante os anos entre os discos eles não ficaram quietos e lançaram singles e Ep´s (como o ótimo “Higher Than The Stars” de 2010) onde demonstravam que a veia noise pop não havia se perdido.

“Belong” traz o mesmo número de faixas do debute (10 ao total) e exala novamente as influências do grupo de maneira indefectível. Com produção a cargo de Flood (Depeche Mode, Smashing Pumpkis), as canções se afastam muito pouco do que se acostumou a ouvir anteriormente. Apresenta uma carga menor de distorção e urgência, mas compensa com novas bonitas melodias.

O teor do trabalho traz as letras cravadas fortemente em paixões, desilusões e amores peculiares e imperfeitos, no entanto vez ou outra a temática muda e até uma ponta de esperança e otimismo surgem, como na excelente “Heavens Gonna Happen Now” ou no pop distorcido de “Strange”. Em outras como “Body” é a necessidade física que se apresenta antes de tudo.

Para dar um exemplo desse teor, em “Heart In Heartbreak” os versos dizem “ela foi a lágrima em uma tempestade/ela foi a promessa de que você teria jurado/e não importa o que você diz/isso nunca vai voltar”. Sobre esse clima melancólico e perdido, as guitarras e teclados do grupo cabem perfeitamente, como se você fosse teletransportado para algum ponto perdido dos anos 80.

“Belong” não traz no seu corpo uma canção mais destacada como “Young Adult Friction” ou “Everything With You” do primeiro álbum, mas é na sua totalidade um registro melhor e mais completo, dando vazão até para algumas outras influências como o The Cure que aparece em “My Terrible Friend”. É o tipo de disco para colocar no som e deixar tocar sem pressa por horas e horas.

Sobre o álbum de estreia, passe aqui.

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