terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

"Santuário" - 2011

A fama e o prestígio que James Cameron ostenta hoje no mundo do cinema são consideráveis. Não é surpresa então que “Santuário”, filme onde ele assina apenas como produtor executivo, seja vinculado na mídia como se fosse uma obra sua. A estratégia certamente trará mais espectadores para assistir esse misto de drama e suspense que Alister Grierson, antigo parceiro de James Cameron em outras empreitadas, comanda com razoável competência.
O filme é inspirado em uma história real que aconteceu com o roteirista Andrew Wight, que certa vez ficou preso dentro de uma caverna por dois dias, depois de começar um mergulho. É claro que “Santuário” vai bem além disso e amplifica toda a atmosfera dramática que pode, mostrando um grupo de exploradores comandados por Frank McGuire (Richard Roxburgh de “Missão Impossível 2”) que trabalha em uma imensa caverna inexplorada.
O projeto dispendioso da exploração é custeado por Carl Hurley (o “Sr. Fantástico” Ioan Gruffudd) que apesar de buscar fama e se preocupar bastante com a National Geographic, traz consigo também a paixão pelo desconhecido. Na sua mais recente visita a área dos serviços, Carl leva sua namorada Victoria (Alice Parkison) e ao ser recebido pelo filho de Frank, Josh McGuire (Rhys Wakefield), vai imediatamente para junto da equipe no fundo da caverna.
Quando todos estão devidamente acomodados no imenso buraco, cai uma senhora tempestade que além de enchee de água as passagens, sai detonando tudo que vê pela frente. Assim sendo, o grupo comandado pelo consagrado explorador precisa encontrar uma saída se quiser sobreviver. Com o auxílio fundamental da tecnologia 3D é a partir desse ponto que “Santuário” cresce e ganha amplitude, conseguindo transpor boa parte do desespero para o público.
O longa traz algumas falhas no apego a situações clássicas, como na relação entre pai e filho que ganha novos contornos depois do drama e no deslize na parte final, já que o caminho traçado poderia ser mais impactante. Mesmo assim é um bom filme, com imagens muito bonitas e um trabalho correto dos atores. Mostra o que o ser humano pode ser capaz de fazer quando sua sobrevivência está em jogo e consegue manter a tensão e a claustrofobia em altos níveis.

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