sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Toy Story 3" - 2010

Quando John Lasseter arremessou “Toy Story” nos cinemas em 1995 talvez não soubesse muito bem onde tudo ia dar. Fundador e gênio por trás da Pixar Animation Studios criou uma respeitabilíssima esteira de nove filmes que sucederam seu primeiro “Toy Story”. Conseguiu conciliar inovações técnicas, qualidade e sucesso de público e crítica. A franquia que iniciou tudo ganhou mais um longa em 1999 e agora em 2010 chega ao seu terceiro volume.
“Toy Story 3” carrega toda a maestria da Pixar. Novamente. Realmente não deveria ser novidade, mas ainda sim impressiona pela manutenção de nível. Com direção de Lee Unkrich e roteiro de Michael Arndt (indicado ao Oscar por “Pequena Miss Sunshine”), a animação dosa sensibilidade, aventura, suspense e emoção. Além dos personagens já tradicionais como o cowboy Woody e o policial espacial Buzz Lightyear, outros dão graça ao longa.
Andy (que para quem não sabe é o dono dos brinquedos) está com 17 anos, prestes a ir para a Universidade e outros planos começam a tomar conta da sua cabeça, com o caminhar da vida se apresentando. Não tem mais tempo nem vontade para brincar com seus queridos parceiros de inúmeras diversões na infância. Quando a partida é eminente ele precisa separar o que levará para a graduação, o que irá para o lixo e o que será guardado no sótão.
Seus brinquedos ficam tensos, não sabem onde vão parar e morrem de medo de ir para o lixo. Por conta de uma equívoco acabam parando em uma creche, na qual a primeira vista tudo é uma maravilha. Só Woody tenta voltar ao antigo dono. No entanto, a creche não é o que parece. O urso cor de rosa Lotso está no comando e toca o lugar com mão de ferro. Woody retorna para ajudar seus amigos a fugir e encontra algumas aventuras fantásticas pela frente.
“Toy Story 3” é um libelo bonito e envolvente sobre amizade e lealdade. Mesmo quando o mundo está para se acabar e a morte é iminente, esse testemunho é dado. É engraçado, tanto pelos velhos personagens (como o “Sr. Cabeça de Batata”) quanto pelos novos (como o “Ken”), e também é emocionante. Nos momentos finais é difícil não sentir um aperto no coração e pensar um pouco sobre a infância e sobre todos os amigos que ficaram para trás.

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