sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Os Homens Que Encaravam Cabras" - 2010

Um filme com o nome de “Os Homens Que Encaravam Cabras” chama alguma atenção, não há como negar. Ainda mais quando você olha no pôster e se depara com um elenco composto por George Clooney, Ewan McGregor, Jeff Bridges e Kevin Spacey. No mínimo a sessão merece uma chance. Dirigido por Grant Heslov (produtor e roteirista do ótimo “Boa Noite, Boa Sorte”), o longa usa e abusa do sarcasmo e da sátira para construir sua história.
A história em questão é absurda, maluca e por conseqüência divertida, apesar de ficar um pouco entediante em algumas passagens. A forma que o roteiro é conduzido por Grant Heslov se aproxima muito dos trabalhos dos irmãos Coen, o que na verdade até incomoda vez ou outra, pois a condução da narrativa é muito parecida. O elenco estelar nele reunido parece se divertir bastante com suas falas alucinadas, como geralmente acontece em filmes assim.
A narrativa se divide em duas partes. Primeiro no tempo atual onde o jornalista Bob Wilton (McGregor) resolve jogar sua vida em uma pequena cidade para cima e partir para a guerra do Iraque. Claro que isso não acontece sem motivo, a fuga é provocada pela sua esposa que troca ele pelo Editor. No Kuwait esperando a chance de ir para as ruas do Iraque, Bob conhece Lyn Cassady (Clooney), um ex-militar que está conectado a uma reportagem feita no passado.
A partir do momento que Bob e Lyn se tornam amigos, a trama parte para os anos 70, com a guerra do Vietnã e o movimento hippie, mostrando Bill Django (Bridges) que começou uma força no exército destinada ao uso de poderes psíquicos. Maluquice geral. Ao seu comando o exército quebrava regras e deixava essa nova tropa bem à vontade, com cabelos compridos e exercícios nada comuns, como dançar ao som de “Dancing With Myself” do Generation X.
Entrecortando passado e presente “Os Homens Que Encaravam Cabras” (você vai entender o título quando assistir) une LSD, rock n’ roll, pensamento hippie e muita loucura para detonar o exército, suas regras e prepotência. Não é um filme de humor fácil, provavelmente algumas pessoas sairão no meio da sessão soltando baixinho alguns impropérios. Normal. Mesmo parecendo uma espécie de filho bastardo dos irmãos Coen, o longa diverte bem.

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