sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"Sherlock Holmes" - 2010

Arthur Conan Doyle foi um escritor britânico que durante sua vida (1859-1930) tratou dos mais variados assuntos, indo de romances a poesias, de obras de não ficção a peças de teatro. No entanto, apesar dessa prolífica carreira ficou conhecido mesmo por ter concebido as histórias de Sherlock Holmes, o detetive presunçoso que ao lado do sempre companheiro Dr. Watson, usava de métodos dedutivos para solucionar casos e mais casos.
A obra famosa de Arthur Conan Doyle ganha uma versão atualizada para as novas gerações através do olhar do diretor Guy Ritchie (“Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” e “Snatch - Porcos e Diamantes”). Mesmo com todos os defeitos e senões que obras assim podem ter, o diretor acerta a mão na maioria do filme. Sherlock Holmes aparece sem a sua tradicional vestimenta e o velho e estiloso charuto é utilizado ocasionalmente algumas vezes.
O grande mérito do filme fica com Robert Downey Jr. no papel principal. O ator casa de maneira brilhante com esse personagem atualizado. Sem deixar a presunção de lado, atua entre o hilário e o magistral. Na concepção de Guy Ritchie, Sherlock Holmes é versado em várias artes marciais, assim como o Dr. Watson (interpretado de modo competente por Jude Law), que sai das sombras das histórias originais e ganha um papel de maior destaque.
Na trama, o detetive se vê no meio de um caso que envolve sacrifício humano e magia negra. O responsável é o Dr. Blackwood (Mark Strong) que desmascarado, acaba por entrar na cadeia para ser enforcado posteriormente. Acontece que ele ressuscita e volta mais forte ainda para concluir seus planos. Holmes precisa de toda a sua astúcia para além de desvendar o caso, sobreviver ao reaparecimento da antiga paixão e ladra Irene Adler (Rachel McAdams).
Ao tirar o Professor Moriarty, o maior inimigo de Holmes nas suas histórias do foco do filme, somente usando sua presença em algumas passagens, Guy Ritchie indica uma continuação. “Sherlock Holmes” é um ótimo exemplo de atualização de personagem “histórico” para os dias atuais feito de maneira inteligente. Não é perfeito, tem alguns problemas com cenas desnecessárias e até mesmo um pouco de ritmo, mas agrada e diverte bem na sua exibição. Já vale, né?

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