sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Humboldt County" - 2008

Quando acabamos de ler a sinopse do filme “Humboldt County”, o pensamento que vem a cabeça é de mais um filme indie americano que traz a maconha como prato principal. Apesar dessa primeira impressão não ser de toda errada, “Humboldt County” consegue ir bem mais além, contando uma história de busca, afirmação pessoal e felicidade, sendo esta envolta a vários níveis de questionamentos. No filme, Peter Hadley (Jeremy Strong) é um estudante de medicina, meio apático, que ao receber a informação de seu professor e pai que não será aprovado para a residência médica, vê todo o seu esforço de anos serem jogados fora. Ainda desiludido, Peter vai a um show, onde Bogart (Fairuza Balk) está cantando. Após o show e uma noite com Bogart, Peter resolve sem pensar muito, em ir embora junto com ela. Bogart vai em direção a casa da sua familia, um lugar que os americanos chamam de “a última costa”, e que atende pelo nome de “Humboldt County”. Lá, Peter se vê no meio de uma comunidade de plantadores de maconha, que tocam sua vida de maneira tranquila, apesar de levar o negócio bastante a sério. Em meio ao choque de cultura e pensamento que lhe absorve, o personagem principal precisa repensar sua vida para poder seguir em frente. A familia de Bogart que lhe acolhe é completamente fora dos padrões. Jack (Brad Dourif) e Rosie (Frances Conroy) são ex-professores da UCLA que largaram tudo há 25 anos e vieram para essa faixa de terra. Max (Chris Messina) é o filho deles, que sonha com dias melhores e é pai da encantadora Charity (brilhantemente interpretada por Madison Davenport), uma garotinha repleta de personalidade. A direção de Darren Grodsky e Danny Jacobs (que também atuam no filme como Bob e Steve, dois produtores locais) é bastante limpa e utiliza muito bem as paisagens da região, como acerta ao focar nos atores, proporcionando bons momentos. Em meio a conceitos próprios de felicidade e encontros pessoais, “Humboldt County” emociona bastante e consegue sair do estereótipo de longas que tem a maconha inserida no roteiro, para ser uma bonita e diferente história.

2 comentários:

Mano Velho disse...

Esse filme é ótimo, realmente foge do lugar comum!

Filme rápido, que mesmo leve, traz alguns questionamentos que todas as pessoas passam pela vida

Adriano Mello Costa disse...

Faz pensar um pouco mesmo.