terça-feira, 12 de maio de 2009

"Divã" - 2009

Quando entrei no cinema para ver o filme nacional “Divã”, a expectativa não era das melhores. Na verdade, só entrei pois precisava que um espaço de tempo fosse consumido e nas outras salas as opções eram ainda piores. Então lá fui eu dar uma chance a um trabalho que traz no elenco Reynaldo Gyanecchini e Cauã Reymond. Difícil aguentar né? Mas apesar das premonições pessimistas, até que o tempo passou tranquilo, com o filme revelando boas surpresas.
Veja bem, não estou dizendo que o filme é bom, mas que funciona bem, funciona e vai agradar em cheio as mulheres, principalmente aquelas na faixa etária da personagem principal, Mercedes, vivida de maneira competente por Lilia Cabral. A direção em nenhum momento traz algo com maiores qualidades, até porque está a cargo de José Alvarenga Jr., um diretor de televisão que tem no currículo filmes da Xuxa, Trapalhões e Angélica, além da adaptação de “Os Normais”.
O roteiro é baseado no livro da escritora Martha Medeiros, que tanto povoa os emails de muita gente no dia a dia e que virou peça de sucesso. O tema do longa é recorrente nos textos da escritora, que versam sobre a busca da felicidade, por mais implicações que isso possa ter e o processo de achar a si mesmo, ou se reencontrar. A Mercedes de “Divã”, vive justamente isso. É uma mulher bem casada, com uma vida tranquila e até mesmo feliz, mas algo não está no devido lugar.
Mercedes então resolve ir a um psiquiatra e no decorrer dos seus falatórios, acaba por fazer sua vida virar e dar uma guinada relevante. Mesmo que o filme esteja recheado de clichês, traz momentos divertidos, principalmente quando Mercedes está conversando com sua fiel amiga Mônica (Alexandra Richter). Até os atores citados no primeiro parágrafo não complicam, pois estão em peles que lhe convêm, Gyanecchini como um sedutor e Reymond no jovem burro e malhado.
No final da sessão entre prós e contras, até que o resultado foi positivo. “Divã” fica devendo muito como cinema, mas convence bem melhor que filmes recentes de apelo ao grande público como “Se Eu Fosse Você 2”. Caso você esteja passando por aí e apareça uma sessão na sua frente, assista de cabeça leve e sem exigências demais que o resultado será aprazível. Só tome cuidado se for assistir com a esposa ou namorada. Melhor evitar.

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