terça-feira, 28 de abril de 2009

“Mannen Som Elsket Yngve” - 2008

O ano é 1989, o muro de Berlim começa a cair e muda para sempre a política mundial. Na cidade de Stavanger na Noruega, o jovem Jarle Kleep de 17 anos vive um pouco alheio a tudo isso, por mais que os efeitos comecem a aparecer na sua vida. Para Jarle, a felicidade está ditando as regras, visto que tem uma banda de punk rock chamada Mathias Rust Band, um grande amigo para todas as horas e uma bela namorada.
O filme norueguês “Mannen Som Elsket Yngve”, (sem edição nacional ainda) na tradução algo como o “O Homem que Amava Ingve”, foi uma das maiores bilheterias do seu país de origem no ano passado e versa sobre a juventude e suas dúvidas na vida e no amor, além do primeiro encontro com as próprias ilusões e desilusões. O longa do diretor Stian Kristiansen é baseado no livro “Eu Amava a Rodos” de Tore Renberg.
Jarle Kleep (Rolf Cristian Larsen), vem tocando sua vida de maneira plenamente satisfatória, até que em determinado momento o jovem Yngve (Ole Christoffer Ertvag) entra para a sua escola, levantando alguns questionamentos em Jarle, que logo vê sua relação com o melhor amigo Helge Ombo (Arthur Berning) abalada, assim como com sua namorada Cathrine Halsnes (Ida Elise Broch).
“Mannen Som Elsket Yngve” traz uma direção bastante leve e que toca nos assuntos de maneira superficial. Ao trazer a vida do seu personagem principal e suas dúvidas e primeiras pancadas, o roteiro acerta trazendo um tom bem humorado e corriqueiro para as situações, apesar de se perder lá pelo meio do filme, onde a relação de Jarle com as pessoas ao seu lado, principalmente seus pais, poderia ser melhor explorada.
A trilha sonora é um dos pontos fortes do trabalho, trazendo nomes como Stone Roses, The Cure, R.E.M, The Jesus And Mary Chain, Buzzcoks e “Love Will Tear Us Apart” do Joy Division, muito bem adicionada a história. “Mannen Som Elsket Yngve”, apesar de ser um pouco falho em algumas passagens e trazer clichês, principalmente na presença de cultura pop em vários diálogos, serve bem e acaba despretensiosamente agradando, principalmente aos ouvidos.

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