domingo, 8 de fevereiro de 2009

"Sim Senhor" - 2009

Sabe aquele cara que vive meio no piloto automático, quase sempre mal humorado, que se esconde do mundo no seu cubículo particular, tratando os outros com desprezo e ignorância e que vive reclamando, dizendo não para tudo? Com certeza você já viu esse tipo passando pela sua vida. O personagem principal do filme “Sim Senhor”, que estreou recentemente no país, é um destes caras.
Carl Allen (Jim Carrey) trabalha em um banco no setor de aprovação de empréstimos, onde não tem a mínima possibilidade de crescer profissionalmente. Vive meio recluso dentro de um casulo desde que sua esposa o deixou, apesar de isso já ter acontecido há algum tempo. Anda mal humorado pelos cantos e não atende as ligações de seus amigos, sempre dizendo que não pode estar ou participar de nada, inventando mentiras como desculpas.
Até que Carl Allen decide ir para uma palestra de auto-ajuda onde os participantes são direcionados a dizer “sim” para tudo, até mesmo para os casos mais esdrúxulos. Ao adentrar ao programa a vida de Carl Allen muda completamente. Uma nova mulher aparece na sua vida (um bom trabalho da atriz Zooey Deschanel de “O Guia do Mochileiro Das Galáxias” e da série “Weeds”), mudando o seu humor e modo de viver.
No papel de Carl Allen, Jim Carrey retorna aos seus melhores momentos. Que ele é um ótimo comediante e um ator competente disso poucos duvidam, pois seus papéis atestam essa premissa. No entanto, Carrey tem um sério problema de querer ser importante demais nos seus filmes, fazer caretas demais e acabar por estragar a mistura. Em “Sim Senhor” temos um Carrey na medida certa, o que leva o espectador no caminho de muitas risadas.
Produzido pelo próprio ator e dirigido corretamente por Peyton Reed (“Separados pelo Casamento”), “Sim Senhor” é baseado no livro do escritor britânico Danny Wallace que afirma ter passado seis meses dizendo sim para tudo. Se é verdade ou mentira, ao menos o livro rendeu um filme bastante divertido, com momentos realmente hilariantes, além de fazer o espectador pensar um pouquinho na sua própria vida, apesar de essa não ser a intenção primordial.

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