sábado, 6 de janeiro de 2007

Skin And Bones - Foo Fighters - 2006

O Foo Fighters é uma banda bacana, sempre foi. Desde que Dave Grohl começou com o projeto em 1995 ouvindo de tudo e de todos que era um aproveitador barato por surfar em cima da chama de sua ex-banda, o Nirvana, enquanto seu desejo era justamente o contrário, era ir ao inverso de tudo isso. A banda sempre lançou discos um pouco acima da média, conquistou fama, alçou hits nas paradas de todo o mundo, ganhou Grammy e o escambau, deixando Grohl sair da sombra de seu ex-amigo e parceiro Kurt Cobain - uma lenda vida do rock - mesmo que tenha seguido seus passos em grande parte de suas canções. Em 2005 a banda lançou aquele que provavelmente seja seu melhor álbum, “In Your Honor”, um disco duplo de estúdio que conta com uma divisão individual de canções elétricas e outras em formato acústico, com participações especiais, gerando um dos grandes lançamentos daquele ano. A banda organizou algumas pequenas turnês acústicas para a divulgação do disco e então resolveu lançar um disco e DVD ao vivo, que resgatasse esses momentos. Tudo bem que é o primeiro ao vivo da banda e nada contra quem lança álbuns desse tipo, alguns até são clássicos, mas foi a primeira grande pisada na bola do Foo Fighters na sua carreira. A gravação ao vivo foi realizada em três apresentações no Pantages Theater em Los Angeles (EUA). “Skin And Bones” (na tradução fica “Peles e Ossos”), teve a participação de Petra Haden no violino, Pat Smear (Ex-Fighters e Nirvana) nos violões e Rami Jaffee do Wallflowers no piano e teclados. Lançar algo ao vivo só se justifica quando as músicas são modificadas e saem do óbvio (como o próprio Acústico MTV do Nirvana), ou quando trazem aquela energia, aquela força que consolida uma banda frente ao seu público com versões não habituais, covers e tudo mais que se tem direito. Não é o caso. O disco não passa de razoável, trazendo boas canções do disco anterior como “Razor” que abre o disco, “Friend of a Friend” e “Another Round”, mas não consegue se sobressair pelo simples fato de que as grandes canções da banda carecem ser tocadas em último volume, com vocais gritados puxando os refrões ganchudos. “My Hero” (apesar do ótimo piano), “Everlong”, “Times Like These” e “Best Of You” não funcionam e deixam aquele desejo de que poderia ter sido melhor. Os destaques do disco são “Walking After You” e “Big Me” que conseguem soar tão bonitas quanto suas versões originais e a versão de “Marigold”, lado B do Nirvana lançado na caixa “Heart Shaped Box”. Além de “February Stars” que ganhou uma delicadeza e uma vibração peculiar. No mais, só vale se você for muito fã da banda, senão pode deixar passar batido, pois há mais ossos que pele nesse novo disco da banda de Dave Grohl, que poderia ter feito como uma de suas bandas prediletas, o Pixies e lançado um acústico bem mais interessante.

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