sábado, 16 de abril de 2005

Abril Pro Rock 2005 (15/04) - Em busca de um Special K...

Em busca de um Special K..., originally uploaded by Kalnaab.
A jornada em busca de um Special K, começou em Belém, por volta de 06:00, chegando em Recife por volta das 10:00hs. Preparamos o espírito na praia de Boa Viagem com algumas Bohemias para alimentar o coração, até seguir caminho para o Centro de Convenções, um lugar muito amplo e que além do APR 2005 abrigava um festival de cinema muito bacana (http://www.cine-pe.com.br/).
Começando a noite antes das bandas do “festival dentro do festival”Claro que é Rock!", lá no fim do Centro tivemos uma grata surpresa, ao deparar com uma banda de Recife chamada The Playboys (http://www.theplayboys.cjb.net/), fazendo um rock satírico e divertido, serviu de aperitivo para o que estava por vir e que depois nos intervalos ainda contou com a presença de Mr. Wander Wildner, tocando com eles.
No Palco 2 subiu a primeira banda da noite, o Bugs do Rio Grande do Norte, fazendo um som vigoroso, com destaque para o baixista, apesar das músicas serem um pouco duras em sua estrutura, o show agradou.
Logo em seguida, subiu o Suzana Flag, a turma de Belém do Pará fez um show competente, com a vocalista Suzanne atraindo a atenção do público. Com seu habitual pop rock, a banda fez um grande show e apesar de não empolgar tanto o público, conquistou mais fãs para a sua horda de admiradores.
Em seguida subiu aquela que seria a banda vencedora da etapa de Recife, o Star 61 da Paraíba, que apesar do nervosismo inicial fez uma apresentação com grande performance, principalmente o vocalista Flaviano André, que empolgou o público (que contava em boa parte com pessoas de João Pessoa).
Após isso, foi a vez dos cariocas do Los Hermanos, subirem no palco principal e arrebatarem a platéia de uma forma avassaladora. È de impressionar como os anti – rock star, conseguem tanto respeito no público, os caras quase não falam, tem uma performance na melhor das hipóteses boa, fazem canções sem moldes tradicionais e mesmo assim são capazes de emocionar qualquer pessoa. Canções como “Sentimental”, “Último Romance”, “Retrato pra Ia Ia”, além de “Santa Chuva” e o “O Vencedor”, são de uma beleza peculiar e não menos arrebatadora.
Meio prejudicados por subir depois dos Los Hermanos e entre o show do Placebo, uma vez que grande parte do publico estava disperso e se recuperando ou se preparando para a grande banda da noite, a Zeferina Bomba subiu no palco causando estranheza, mas fizeram um bom show com destaque para o vocalista porra louca Ilson, que acabou com seu violão (depois o Joel do Suzana Flag me disse que o figura já tinha quebrado um antes disso).
Depois foi a vez do Rádio de Outono subir ao palco, jogando em casa, os recifenses fizeram um show bom, mas não fantástico, com canções muito bem trabalhadas e tocadas, gostamos bastante da musicalidade da banda, que entretanto também não conseguiu ganhar os espectadores em sua maioria.
Acabados todos os shows a expectativa era grande em torno dos ingleses do Placebo, abrindo sua turnê no Brasil e comemorando 10 anos de carreira, sem sombra de dúvida foi o melhor show da noite e um dos melhores do festival. Quando os acordes hipnóticos de “Taste in Men” invadiram o palco, o transe iniciou na platéia e se estendeu durante os 90 minutos de apresentação da banda.
Realmente um outro nível de show, tanto no que tange a iluminação, quanto a estrutura e performance, o começo foi perturbador, após a abertura vieram “Bitter End” e “ “Every You, Every Me”, a catarse de “Protege Moi” (fantástica, levando as lágrimas), “Black Eyed” e “Special Needs” (um viagem a memória de cada um). Após isso vieram músicas como “Special K”, “This Picture” , “Slave To The Wage”, entre outras. O bis ficou por conta de “20 years”, “Teenage Angst” e finalizando com “Nancy Boy”
O Placebo mostrou porque é uma das maiores bandas do mundo na atualidade, a competência de Steve Hewitt na bateria, aliadas ao carisma e simplicidade do vocalista Brian Molko, que canta com a emoção como se fosse a última vez, sendo impossível ficar indiferente, e o baixista e grande figura da banda Stefan Holdsan, que toca como se o baixo fosse uma extensão do seu braço, uma parte de seu corpo, a banda fez uma apresentação brilhante, encerrando com chave dourada a primeira noite, e deixando um sorriso eterno nos fãs que os viram.

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